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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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- passo <strong>de</strong> ganso: um movimento mecanizado e sincronizado, executado da mesma<br />

maneira o ano todo e <strong>de</strong> ano para ano;<br />

- passo <strong>de</strong> cágado: caracterizado pela redundância, é a leitura s<strong>em</strong> substância, s<strong>em</strong><br />

significado, s<strong>em</strong> seqüência, s<strong>em</strong> unida<strong>de</strong> e s<strong>em</strong> aprofundamento;<br />

- passo incerto: a leitura oscila entre nada e coisa nenhuma, se o professor não se<br />

apoiar no livro didático são sabe o que fazer <strong>em</strong> sala <strong>de</strong> aula;<br />

- passos largos: a leitura é um processo dinamizador da produção <strong>de</strong> sentidos por um<br />

grupo <strong>de</strong> pessoas, enquanto transação ou interação entre leitor e diferentes tipos <strong>de</strong><br />

textos.<br />

Esses “passos” nos mostram como andam as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura, assim,<br />

outro <strong>de</strong>safio é acertar o passo, na verda<strong>de</strong>, é uma caminhada que envolve não apenas<br />

o professor <strong>de</strong> língua, visto que a leitura ocupa espaço privilegiado <strong>em</strong> todas as<br />

disciplinas.<br />

Portanto, o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio é o ensino <strong>de</strong> leitura crítica (SILVA, 1996,<br />

1998). Cabe ao professor “dinamizar situações <strong>em</strong> que o aluno perceba, com<br />

objetivida<strong>de</strong>, os dois lados <strong>de</strong> uma mesma moeda ou, se quiser, os múltiplos lugares<br />

i<strong>de</strong>ológico-discursivos que orientam as vozes dos escritores na produção dos seus<br />

textos” (SILVA, 1998 p.30). Segundo o autor, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> leitores críticos<br />

por meio <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> ensino da leitura está diretamente vinculado a um projeto <strong>de</strong><br />

transformação social.<br />

Como afirma Soares (1996, p.25), às camadas populares “permite-se que<br />

aprenda a ler, não se lhe permite que se torne leitor”, <strong>de</strong>ssa forma, há uma aproximação<br />

b<strong>em</strong> maior ao que se convencionou <strong>de</strong>signar <strong>de</strong> analfabeto funcional, pois, apesar <strong>de</strong> ter<br />

freqüentado a escola e ter aprendido a ler e a escrever, não o faz <strong>de</strong> forma autônoma.<br />

Em uma socieda<strong>de</strong> <strong>em</strong> que as exigências com relação ao domínio das<br />

habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrita/leitura são muitas, não se po<strong>de</strong> pensar o ensino/aprendizag<strong>em</strong> <strong>de</strong><br />

leitura como <strong>de</strong>codificação, n<strong>em</strong> ler para apren<strong>de</strong>r conteúdos escolares cristalizados<br />

(leitura pretexto), pois a leitura é um instrumento por meio do qual se buscam<br />

conhecimentos, informações, interações, construções; a leitura é um caminho para<br />

construir sentido para um mundo <strong>de</strong> escrita.<br />

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