dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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aborda a visão <strong>de</strong> atribuição <strong>de</strong> significado que contribuiu com os estudos cognitivistas<br />
que consi<strong>de</strong>ram a interação no processo <strong>de</strong> leitura, mo<strong>de</strong>lo proposto pela<br />
psicolingüística e abordado por Leffa (1996), o qual acaba servindo como uma espécie<br />
<strong>de</strong> “ponte” para o sociointeracionismo.<br />
A visão cognitivista não se enquadra efetivamente n<strong>em</strong> na concepção que<br />
vê a linguag<strong>em</strong> como instrumento <strong>de</strong> comunicação e n<strong>em</strong> explicitamente na<br />
concepção interacionista, servindo como uma espécie <strong>de</strong> elo. Na verda<strong>de</strong>, a visão<br />
cognitivista, uma das bases principais <strong>de</strong>sta pesquisa, junto com a visão interacionista<br />
acabou interferindo e contribuindo para o <strong>de</strong>senvolvimento da visão do processo <strong>de</strong><br />
ensino e aprendizag<strong>em</strong> que se apresenta nos registros analisados neste trabalho.<br />
Para maiores esclarecimentos acerca <strong>de</strong>ssas abordagens, utilizamos como<br />
contribuição sobre as visões teóricas do processo <strong>de</strong> ensino e aprendizag<strong>em</strong> os PCN <strong>de</strong><br />
Língua Estrangeira (BRASIL, 1998b, p.56), não pela língua estrangeira <strong>em</strong> si, mas pelas<br />
diferenças elencadas entre as visões behaviorista, cognitivista e a sociointeracional, o<br />
que não é realizado no ex<strong>em</strong>plar <strong>de</strong> língua materna. Na visão behaviorista, a<br />
aprendizag<strong>em</strong> é um processo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> novos hábitos lingüísticos por meio <strong>de</strong><br />
automatismos <strong>de</strong>sses. Isso ocorre <strong>em</strong> procedimentos metodológicos que envolv<strong>em</strong><br />
estímulo-resposta-reforço, tais como exercícios <strong>de</strong> repetição e substituição. O erro nas<br />
produções dos alunos era <strong>de</strong>vido à ina<strong>de</strong>quação dos procedimentos <strong>de</strong> ensino. Na visão<br />
cognitivista, a mente humana está cognitivamente apta para a aprendizag<strong>em</strong> e os erros<br />
passam a ser entendidos como parte do processo da aprendizag<strong>em</strong>. “Uma contribuição<br />
importante do enfoque cognitivista foi chamar a atenção para a questão dos diferentes<br />
estilos individuais <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> que as pessoas possu<strong>em</strong>, ou seja, n<strong>em</strong> todos os<br />
alunos apren<strong>de</strong>m da mesma forma” (BRASIL, 1998b, p.57). Para a visão<br />
sociointeracional, a aprendizag<strong>em</strong> é <strong>de</strong> natureza sociointeracionista, “pois apren<strong>de</strong>r é<br />
uma forma <strong>de</strong> estar no mundo social com alguém, <strong>em</strong> um contexto histórico, cultural e<br />
institucional” (i<strong>de</strong>m, op.cit). Enquanto na visão behaviorista o foco é o processo <strong>de</strong><br />
ensino e o professor, na visão cognitivista, o foco é o aluno e a aprendizag<strong>em</strong>; na visão<br />
sociointeracional, o foco é a interação entre o professor e o aluno e esse entre seus<br />
pares. Mesmo assim, essa interação po<strong>de</strong> se dar <strong>de</strong> forma assimétrica (os participantes<br />
estão posicionados <strong>de</strong>sigualmente no mundo social), “pois seu controle é exercido pelo<br />
professor, que inicia a interação sobre um tópico que escolheu (na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> seu<br />
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