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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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uma leitura significativa <strong>de</strong>sses textos e não se limitar aos pictogramas. Dessa forma, a<br />

leitura funcionaria como veiculadora <strong>de</strong> conhecimento e, portanto, como “ampliação<br />

do po<strong>de</strong>r sobre si e sobre o mundo” (i<strong>de</strong>m).<br />

Cabe ao professor buscar <strong>de</strong>senvolver uma pedagogia <strong>de</strong> leitura, na qual<br />

dois objetivos se sobressaiam: “elaborar suas intervenções pedagógicas na sala <strong>de</strong> aula”<br />

e “trabalhar com os próprios alunos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> condições externas que lhes<br />

permitam ser b<strong>em</strong>-sucedidos” (FOUCAMBERT, 1998, p. 134). Estes objetivos<br />

precisam estar claros aos alunos estagiários e po<strong>de</strong>m ser observados tanto por parte do<br />

professor <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Ensino, quanto por parte dos próprios estagiários.<br />

Diante <strong>de</strong>stes objetivos e do histórico escolar que envolve a leitura, uma<br />

nova política <strong>de</strong> leitura se faz urgente. No entanto, ela não acontecerá se não houver<br />

uma preocupação mais ampla, uma nova política escolar, uma reflexão sobre a<br />

educação, envolvendo toda a comunida<strong>de</strong>. Por isso, <strong>em</strong>prestamos do próprio<br />

Foucambert (1994, p. 20) a assertiva <strong>de</strong> que “não existe nenhum método milagroso<br />

capaz <strong>de</strong> implantar mecanismos <strong>em</strong> alguém que não reúne condições sociais <strong>de</strong> leitura.”<br />

O que po<strong>de</strong> ocorrer é a leitura ficar e continuar subentendida como mera<br />

<strong>de</strong>codificação.<br />

Acreditamos que os professores tenham ciência da importância da leitura<br />

nas mais diversas instâncias, mesmo não conhecendo todo o processo envolvido. Não<br />

obstante, uma questão continua sendo <strong>de</strong>batida: a leitura é uma ativida<strong>de</strong> a ser ensinada<br />

ou não?!<br />

1.3.2. A leitura é ensinada ou aprendida?<br />

Os posicionamentos teóricos opostos que encontramos com relação à<br />

leitura, <strong>em</strong> contexto escolar, são <strong>de</strong> que é uma ativida<strong>de</strong> a ser ensinada e <strong>de</strong> que é<br />

uma ativida<strong>de</strong> aprendida (aprendida s<strong>em</strong> ensino, culturalmente legada).<br />

De acordo com Smith (1999, p.13), a leitura é conquistada com a<br />

experiência e não com o ensino e cabe ao professor e outros adultos a responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> tornar a aprendizag<strong>em</strong> da leitura possível, uma leitura efetiva e não mera<br />

<strong>de</strong>codificação. O tornar a aprendizag<strong>em</strong> da leitura possível pressupõe um mediador<br />

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