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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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leitura. Para o EM, A4 acrescenta: “Foram apresentadas e explicadas a estrutura e<br />

tipologia dos três tipos <strong>de</strong> textos [música, texto informativo e tira jornalística] e<br />

trabalhada a intertextualida<strong>de</strong> entre si. Depois das explicações teóricas, foi promovido<br />

um <strong>de</strong>bate sobre a influência que a TV po<strong>de</strong> causar no comportamento dos<br />

adolescentes: sexo, drogas, modismos, consumismo”. Tendo <strong>em</strong> vista essas aulas, A4<br />

acredita que o aluno possa “ter visão crítica <strong>de</strong> textos verbais e não verbais,<br />

<strong>de</strong>senvolver habilida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> reconhecer as estruturas <strong>de</strong> textos, i<strong>de</strong>ntificar as idéias<br />

primeiras [corrigido por P1 para idéias principais] e reconhecer a intertextualida<strong>de</strong><br />

entre textos”. Além disso “Foram entregues exercícios <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> texto (...)”.<br />

A5 e A4 estagiaram juntos. Os planos <strong>de</strong> aula são iguais, no entanto, os<br />

relatórios das aulas se diferenciam, além disso, as aulas do EF e EM são realizadas com<br />

o mesmo material. A ativida<strong>de</strong> mencionada acima sobre “levantar as impressões <strong>de</strong><br />

leitura <strong>de</strong>les” fica mais clara no relatório <strong>de</strong> A5 que menciona sobre o “gosto”. Mesmo<br />

assim, no EF o relatório <strong>de</strong>ixa dúvidas sobre a prática <strong>de</strong> A5:<br />

“Alguns disseram que gostaram, outros não, pois achavam que a música não tinha<br />

sentido (sinal <strong>de</strong> que estavam atentos a letra). Nós já esperávamos por isso, já que<br />

o nosso objetivo (quando escolh<strong>em</strong>os essa música), era <strong>de</strong>spertar neles uma leitura<br />

crítica”.<br />

Da forma como é exposto por A5, a leitura crítica teria estreita relação com<br />

o prazer dos alunos. Perceb<strong>em</strong>os com isso, uma concepção errônea <strong>de</strong> leitor crítico.<br />

Outro ponto que <strong>de</strong>ixa dúvidas sobre o conhecimento teórico <strong>de</strong> A5 está <strong>em</strong>:<br />

“Perguntamos a eles se sabiam qual era a diferença entre fazer uma crítica <strong>em</strong> forma<br />

<strong>de</strong> texto ou <strong>de</strong> música”. Dessa forma uma música não seria um texto? E, mais adiante:<br />

“Diss<strong>em</strong>os a eles que nós teríamos que raciocinar juntos para tentar <strong>de</strong>scobrir o<br />

sentido da música. Nós teríamos que construir o sentido”. “A intenção da crítica<br />

trabalharíamos durante a interpretação e compreensão”. No relatório, todavia, A5<br />

enfatiza a interpretação: “Em seguida, trabalhamos com a interpretação da música”; “A<br />

partir <strong>de</strong>sse comentário [que a música parecia não ter sentido] iniciamos a<br />

interpretação”. A5 acrescenta, ao final da ativida<strong>de</strong>: “Ficamos satisfeitas com o<br />

resultado obtido na interpretação da letra <strong>de</strong>ssa música. Não precisamos dizer a eles o<br />

significado da letra. Apenas os ajudamos a <strong>de</strong>scobrir, e eles o fizeram. Refletiram e<br />

raciocinaram para enten<strong>de</strong>-la. Fizeram a leitura crítica”. A5, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> trabalhar com<br />

cartum, letra <strong>de</strong> música com o t<strong>em</strong>a televisão, apresenta aos alunos um texto<br />

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