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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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negativa, então, não se ensina a ler. No entanto, nenhuma das proposições da questão<br />

anterior serão significativamente válidas se professor e alunos não estiver<strong>em</strong> imersos<br />

num ambiente <strong>de</strong> leitura, e não somente <strong>de</strong>ntro da escola, mas, principalmente, fora<br />

<strong>de</strong>la, <strong>em</strong> situações reais, efetivas <strong>de</strong> leitura. Não apenas para cumprir uma ativida<strong>de</strong><br />

escolar, para cumprir um programa e um conteúdo, mas como extensão para a própria<br />

vida. Na verda<strong>de</strong>, o ser humano está imerso num mundo da escrita, basta saber se está<br />

imerso num mundo da leitura ou se é mais um analfabeto funcional, <strong>de</strong>ntre tantos.<br />

De acordo Foucambert (1998), a leitura precisa ser observada pelo aluno<br />

como a realida<strong>de</strong> vivida pela comunida<strong>de</strong>, não como um mo<strong>de</strong>lo.<br />

Para Kleiman e Moraes (1999, p.122), é “preciso instrumentar o estudante<br />

para que aprenda a ler”. Elas suger<strong>em</strong> projetos interdisciplinares, <strong>em</strong> que se utiliz<strong>em</strong><br />

textos jornalísticos <strong>em</strong> “práticas <strong>de</strong> letramento contextualizadas e diversificadas<br />

segundo as especificida<strong>de</strong>s das disciplinas.” Devido às características próprias <strong>de</strong>sses<br />

textos, elas propõ<strong>em</strong> que a estratégia <strong>de</strong> prestar atenção aos el<strong>em</strong>entos <strong>de</strong><br />

contextualização da notícia, antes da leitura, seja ensinada. Acrescentam que o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> leitura a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da mediação do professor.<br />

Essa mediação e instrumentalização são práticas escolares admissíveis por todo<br />

professor e <strong>de</strong> qualquer matéria lecionada. Também Liberato (in EVANGELISTA<br />

et.al. 1999) assume esse posicionamento <strong>de</strong> que a tarefa <strong>de</strong> ensinar a ler não é<br />

exclusiva do professor <strong>de</strong> Português e <strong>de</strong> que os textos didáticos <strong>de</strong> outras disciplinas<br />

são instrumentos <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> que precisam se a<strong>de</strong>quar ao conhecimento prévio do<br />

aluno e que precisam ser consi<strong>de</strong>rados pelos professores das mais diversas áreas.<br />

Solé (1998, p.172) é categórica ao afirmar: “apren<strong>de</strong>r a ler requer que se<br />

ensine a ler”, promovendo ativida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> que os alunos tenham <strong>de</strong> perguntar, prever,<br />

recapitular, opinar, resumir, comparar as opiniões com o que leram; <strong>em</strong> que o aluno aja<br />

como protagonista no processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> significados.<br />

De acordo com Geraldi (1993), na integração entre produção <strong>de</strong> textos e<br />

leitura <strong>de</strong> textos, na busca <strong>de</strong> perspectivas <strong>de</strong> um ensino que não seja <strong>de</strong> reconhecimento<br />

mas <strong>de</strong> conhecimento; que não seja <strong>de</strong> reprodução mas <strong>de</strong> produção que se efetivará a<br />

prática da linguag<strong>em</strong>, nós acrescentaríamos, aqui, <strong>em</strong> contextos significativos.<br />

Os PCN traz<strong>em</strong> como finalida<strong>de</strong> do ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa a expansão<br />

das possibilida<strong>de</strong>s do uso da linguag<strong>em</strong>; capacida<strong>de</strong>s relacionadas às quatro habilida<strong>de</strong>s<br />

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