dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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3.7. Discussão dos resultados: algumas reflexões<br />
117<br />
Os onze dossiês apresentam-nos um panorama geral dos estágios<br />
supervisionados <strong>de</strong> regência do curso <strong>de</strong> <strong>Letras</strong> da UEM. Ao confrontarmos teoria e<br />
prática, alguns aspectos <strong>em</strong> relação às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura se <strong>de</strong>stacam e os tópicos<br />
analisados diagnosticam uma das práticas no ensino <strong>de</strong> língua materna.<br />
Importante enfatizar que os registros analisados, programa da disciplina<br />
(2.2.1), pastas da disciplina <strong>de</strong> PELP (2.2.2) e os dossiês (2.2.3) apresentam-nos uma<br />
visão <strong>de</strong> um dos aspectos do <strong>de</strong>senvolvimento da disciplina <strong>de</strong> Prática <strong>de</strong> Ensino <strong>de</strong><br />
Língua Portuguesa, todavia, outros fatores subjaz<strong>em</strong> às práticas dos acadêmicos tais<br />
como: graduandos “frutos <strong>de</strong> uma escolarização que privilegiava procedimentos<br />
tradicionais, enfatizando o trabalho <strong>de</strong>scritivo e normativo da língua” (SANTOS &<br />
LONARDONI, 2001, p. 168), realização do estágio <strong>em</strong> escolas “que n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre estão<br />
atualizadas frente às novas propostas”, b<strong>em</strong> como “a insegurança que os graduandos<br />
sent<strong>em</strong> frente ao novo, seja no que se refere às teorias e às práticas metodológicas, seja<br />
ao enfrentamento da sala <strong>de</strong> aula que, para muitos, ocorre pela primeira vez” (i<strong>de</strong>m, op.<br />
cit). Inclusive, <strong>em</strong> nossa análise, também há fatores (externos e internos) que po<strong>de</strong>m<br />
interferir nas discussões, <strong>em</strong>bora tenhamos proposto a maior objetivida<strong>de</strong> e<br />
imparcialida<strong>de</strong> possível.<br />
No que se refere à bibliografia (3.1.), verificamos que há uma oferta<br />
significativa <strong>de</strong> obras teóricas, tanto pelo programa da disciplina (Quadro 3, p.55)<br />
quanto pelas pastas dos professores (Quadro 5, p.58), porém, não há manifestação<br />
consciente e coerente <strong>de</strong>sse conhecimento teórico por parte dos acadêmicos, observável<br />
pela maioria dos dossiês (Quadro 6 e 7, p.61 e 64), principalmente <strong>em</strong> relação aos<br />
textos teóricos referente à leitura (Quadro 15, p.76). Outro fator intrigante relativo à<br />
teoria e prática estão entre os dossiês das duas turmas. Enquanto os acadêmicos <strong>de</strong> P2<br />
apresentam uma teoria mais elaborada, são os acadêmicos <strong>de</strong> P1 que mais realizam<br />
estratégias <strong>de</strong> leitura (Quadro 20, p.107). Por ser a mesma teoria oferecida para ambas<br />
as turmas, são os acadêmicos <strong>de</strong> P1 que melhor internalizaram o que fora oferecido<br />
teoricamente, mesmo não apresentando <strong>em</strong> dossiê.<br />
Quanto às concepções <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong> (3.2.), nas teorias abordadas pelos<br />
acadêmicos, são manifestados posicionamentos interacionistas <strong>de</strong> linguag<strong>em</strong>,