dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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Estabelecer previsões sobre o texto é outra estratégia, sugerida como<br />
ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pré-leitura. A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer previsões não ocorre apenas na leitura,<br />
mas, constant<strong>em</strong>ente; é uma característica do ser humano formular previsões acerca<br />
daquilo que esperamos que se realize. Essa habilida<strong>de</strong> n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é consciente, pois<br />
ela é bastante precisa e uma previsão falha será acompanhada <strong>de</strong> surpresa. Isso se<br />
aplica também à leitura, uma vez que faz<strong>em</strong>os previsões do que vamos encontrar pela<br />
frente, tais como: combinações <strong>de</strong> letras, probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> letras <strong>em</strong> um<br />
<strong>de</strong>terminado contexto. De acordo com Fulgêncio e Liberato (1998), o leitor eficiente<br />
utiliza seu conhecimento prévio, lingüístico, textual para fazer previsões durante a<br />
leitura. A previsão, como estratégia metacognitiva antes da leitura, funciona como um<br />
recurso para que o aluno possa prever sobre o conteúdo do texto e mais uma vez, ele<br />
faz uso <strong>de</strong> seus conhecimentos prévios, utilizando-se <strong>de</strong> informações disponíveis, como<br />
título, ilustrações. Para que o aluno possa fazer previsões, t<strong>em</strong> <strong>de</strong> sentir que o professor<br />
proporciona a liberda<strong>de</strong> para se expor, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> acertar ou errar.<br />
Promover as perguntas dos alunos sobre o texto é outra estratégia que po<strong>de</strong><br />
ser proposta pelo professor. De acordo com Solé (1998, p.110), quando os alunos<br />
formulam perguntas pertinentes sobre o texto, eles utilizam o conhecimento prévio<br />
sobre o t<strong>em</strong>a e “conscientizam-se do que sab<strong>em</strong> e do que não sab<strong>em</strong> sobre esse<br />
assunto.” Cr<strong>em</strong>os que essa conscientização possa ocorrer nos alunos/leitores mais<br />
maduros, mesmo sendo perguntas pertinentes e não literais sobre o texto.<br />
A seleção <strong>de</strong> informações úteis <strong>em</strong> meio a informações redundantes é uma<br />
estratégia para não sobrecarregar o leitor <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>snecessária, inútil ou<br />
irrelevante (GOODMAN, 1987), diante do objetivo <strong>de</strong>terminado.<br />
A estratégia proposta por Solé (i<strong>de</strong>m) para durante a leitura é <strong>de</strong>signada <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong> compartilhada. Nesta leitura compartilhada, professor e alunos participam<br />
ativamente; a responsabilida<strong>de</strong> e o controle da tarefa não ficam somente para o<br />
professor, mas são transferidas para o aluno. As estratégias sugeridas para leitura<br />
compartilhada são: formular previsões sobre o texto a ser lido, formular perguntas sobre<br />
o que foi lido, esclarecer possíveis dúvidas sobre o texto, resumir as idéias do texto.<br />
Essa or<strong>de</strong>m nas ativida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser alterada e variações ou adaptações po<strong>de</strong>m ser<br />
experimentadas, <strong>de</strong> acordo com os objetivos da leitura.<br />
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