dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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- leitura do ambiente: para respon<strong>de</strong>r às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> (con)viver e <strong>de</strong> se comunicar<br />
com os outros integrantes <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong>, requer que se saiba ler a multiplicida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> textos que circulam no meio ambiente (placas, sinais, avisos, logotipos);<br />
- leitura profissional: diz respeito ao conjunto característico <strong>de</strong> textos que uma pessoa<br />
lê freqüent<strong>em</strong>ente, <strong>de</strong>vido à sua profissão, e varia <strong>de</strong> uma profissão para outra. Os<br />
estudantes precisam fazer muitas leituras como parte <strong>de</strong> seu trabalho <strong>de</strong> estudante;<br />
- leitura para informação: uma postura muito freqüente é ler para obter informações<br />
para uso imediato, como consultar lista telefônica, programações <strong>de</strong> cin<strong>em</strong>a; mas<br />
também busca <strong>de</strong> informação <strong>em</strong> textos <strong>de</strong> disciplinas como História, Geografia,<br />
Ciências. No caso da disciplina <strong>de</strong> Língua Portuguesa, o aluno busca informações do<br />
texto, a partir <strong>de</strong> um roteiro previamente elaborado pelo autor do livro didático ou<br />
pelo professor;<br />
- leitura para lazer: é uma leitura feita a critério do leitor, para seu próprio prazer e<br />
por escolha própria. É o ler por ler, gratuitamente, muito diferente do que ocorre na<br />
escola;<br />
- leitura ritualística: há textos que são lidos não necessariamente para ser<strong>em</strong><br />
compreendidos, mas para cumprir<strong>em</strong> a realização <strong>de</strong> um rito, é a leitura <strong>de</strong> material<br />
religioso. A escola propõe (inconscient<strong>em</strong>ente?) esse tipo <strong>de</strong> leitura quando<br />
privilegia uma leitura sacralizada.<br />
Segundo Goodman (1991, p.31): “Se o aluno não t<strong>em</strong> algum tipo <strong>de</strong><br />
objetivo pessoal a ser lido, a ativida<strong>de</strong> se torna não natural e não é provável que<br />
contribua para o <strong>de</strong>senvolvimento da leitura”. Assim, num contexto escolar o que faz a<br />
diferença é como o professor po<strong>de</strong> lidar com isso. No entanto, os objetivos explícitos<br />
por Goodman são mais abrangentes, extrapolando os limites escolares, como po<strong>de</strong>mos<br />
observar pelas especificações <strong>de</strong> “leitura do ambiente”, “leitura profissional” e “leitura<br />
ritualística”. Em contrapartida, os objetivos mencionados por Solé são mais <strong>de</strong>talhados.<br />
Com relação aos objetivos <strong>de</strong> leitura, o que há <strong>em</strong> comum entre os três<br />
autores, Geraldi (1993), Solé (1998) e Goodman (1991), é a leitura “para lazer” para<br />
este; leitura “por prazer” para essa e leitura enquanto “fruição” para aquele. A<br />
classificação do objetivo, por Goodman, como “leitura para informação” abrange a<br />
“leitura para obter uma informação precisa”, “ler para apren<strong>de</strong>r” b<strong>em</strong> como a leitura<br />
“para verificar o que se compreen<strong>de</strong>u” mencionados por Solé; e “<strong>em</strong> busca <strong>de</strong> uma<br />
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