dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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Normalmente, há a cobrança <strong>de</strong> um produto s<strong>em</strong> pon<strong>de</strong>rar o processo, principalmente se<br />
pensarmos no ensino <strong>de</strong> leitura.<br />
A avaliação da leitura <strong>de</strong> um texto geralmente é medida como produto da<br />
leitura, ou seja, por meio <strong>de</strong> perguntas e respostas, <strong>de</strong> paráfrase, <strong>de</strong> resumo,<br />
observando a compreensão textual, s<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar o <strong>de</strong>senvolvimento, o processo pelo<br />
qual passou o aluno. Encontramos ainda a avaliação <strong>de</strong> leitura, através <strong>de</strong> leitura <strong>em</strong><br />
voz alta, <strong>em</strong> que o aluno b<strong>em</strong> sucedido é aquele que pronuncia b<strong>em</strong>, com entonação,<br />
observando a pontuação, mesmo não enten<strong>de</strong>ndo nada do texto, ou ainda, a avaliação<br />
por quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> páginas lidas.<br />
Silva (1995, p.75) critica o posicionamento <strong>de</strong> se utilizar a leitura como<br />
instrumento <strong>de</strong> avaliação da apreensão pelos alunos <strong>de</strong> “mecânica da língua”, tais como<br />
ortografia, acentuação, concordância.<br />
Segundo Weisz (2002, p. 94), investigar e explorar idéias e representações<br />
prévias permite ao professor saber o ponto <strong>de</strong> partida da aprendizag<strong>em</strong>. “Conhecer essas<br />
idéias e representações prévias ajuda muito na hora <strong>de</strong> construir uma situação na qual o<br />
aluno terá <strong>de</strong> usar o que já sabe para apren<strong>de</strong>r o que ainda não sabe” (p. 93). A partir<br />
<strong>de</strong>ssa avaliação inicial, “e pondo <strong>em</strong> prática as situações planejadas para levá-los [os<br />
alunos] a avançar, o professor passa a precisar <strong>de</strong> um outro instrumento para verificar<br />
como eles estão progredindo, já que o conhecimento não é construído igualmente, ao<br />
mesmo t<strong>em</strong>po e da mesma forma por todos”. A esse instrumento a autora <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong><br />
avaliação <strong>de</strong> percurso, realizada durante o processo <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong>, que serve para<br />
avaliar a intervenção do professor, visto que “o ensino <strong>de</strong>ve ser planejado e replanejado<br />
<strong>em</strong> função das aprendizagens conquistadas ou não” (WEISZ, 2002, p. 95).<br />
Sobre avaliação, não da aquisição <strong>de</strong> saberes <strong>de</strong>clarativos e específicos, mas<br />
do “progresso permanente <strong>em</strong> saberes <strong>de</strong> procedimento”, Colomer & Camps (2002, p.<br />
171) ressaltam a importância e a complexida<strong>de</strong> da leitura como “um ato no qual o<br />
leitor tenta compreen<strong>de</strong>r uma mensag<strong>em</strong> verbal para obter um propósito <strong>de</strong>terminado”.<br />
Nesse caso, para os autores<br />
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será preciso separar as habilida<strong>de</strong>s envolvidas no ato <strong>de</strong> leitura e<br />
especificar qual ou quais se quer (e se po<strong>de</strong>) avaliar e, <strong>em</strong> seguida, se<br />
terá <strong>de</strong> abordar o probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> saber mediante que mecanismos <strong>de</strong><br />
controle suficient<strong>em</strong>ente confiáveis se po<strong>de</strong>m avaliar tais habilida<strong>de</strong>s<br />
(...) necessitar<strong>em</strong>os <strong>de</strong> mecanismos <strong>de</strong> avaliação da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
leitura <strong>em</strong> sua globalida<strong>de</strong> (COLOMER & CAMPS, 2002, p. 171).