dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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indivíduo, para representar a sua teoria do mundo”. Kleiman (1997) <strong>de</strong>screve o<br />
esqu<strong>em</strong>a como um conhecimento estruturado (porque está or<strong>de</strong>nado), parcial (porque é<br />
genérico e previsível) sobre assuntos, situações, eventos típicos. Po<strong>de</strong>mos citar como<br />
um ex<strong>em</strong>plo a escola. Este esqu<strong>em</strong>a nos r<strong>em</strong>ete ao conhecimento tanto da estrutura<br />
física, como aos el<strong>em</strong>entos que envolv<strong>em</strong> uma escola: sala <strong>de</strong> aula, biblioteca, alunos,<br />
professores, livros, tarefas. Esse conhecimento varia <strong>de</strong> um indivíduo para outro,<br />
conforme a experiência que cada um t<strong>em</strong> ou já teve <strong>de</strong> escola e <strong>de</strong> um mesmo<br />
indivíduo <strong>em</strong> épocas diferentes; varia também <strong>de</strong> uma cultura para outra, mediante<br />
diferenças culturais. Assim, t<strong>em</strong>os esqu<strong>em</strong>as formados que nos ajudam a compreen<strong>de</strong>r<br />
melhor um texto que venha a falar sobre escola.<br />
Como vimos, a compreensão <strong>de</strong> um texto e, portanto, uma leitura efetiva só<br />
acontece se houver a ativação do conhecimento prévio. O leitor aciona esqu<strong>em</strong>as, faz<br />
inferências num processo <strong>de</strong> interação entre as informações do texto e as que ele<br />
possui, entre a informação visual e a informação não-visual .<br />
1.2.5. Informação visual e não-visual<br />
Uma habilida<strong>de</strong> dos leitores proficientes e que não é ensinada ao leitor<br />
comum é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r o menos possível dos olhos (SMITH, 1999), mesmo assim, uma<br />
informação visual é necessária. Isso implica que alguma informação passará pelos olhos<br />
e atingirá o cérebro. No entanto, ela não é suficiente para a leitura. Outras informações<br />
também são necessárias, tais como: compreensão da linguag<strong>em</strong> relevante,<br />
conhecimento do assunto e uma certa habilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> relação à leitura (diferente e além<br />
da <strong>de</strong>codificação). Essas informações são chamadas pelo autor <strong>de</strong> informação nãovisual.<br />
A habilida<strong>de</strong> está <strong>em</strong> que o leitor use ao máximo os conhecimentos que já<br />
possui, a informação não visual e <strong>de</strong>penda o mínimo da informação visual. Conforme<br />
Fulgêncio e Liberato (1998), a leitura é o resultado da interação entre a informação<br />
visual e a informação não visual. Além <strong>de</strong>ssa habilida<strong>de</strong>, o leitor po<strong>de</strong> monitorar a<br />
compreensão <strong>de</strong> sua própria leitura, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo dos objetivos pretendidos.<br />
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