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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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A formulação <strong>de</strong> perguntas elaborada pelos estagiários ocorre <strong>em</strong> todos os<br />

estágios, variando a sua forma <strong>de</strong> aplicação, oral ou escrita. A freqüência <strong>de</strong>ssa<br />

estratégia, mostra-nos uma característica presente nos manuais didáticos. Assim, os<br />

acadêmicos, ao preparar<strong>em</strong> o próprio material para as aulas <strong>de</strong> estágio, ainda mantêm<br />

uma estrutura comum dos manuais didáticos: ler (que se mesclam <strong>em</strong> <strong>de</strong>codificar,<br />

compreen<strong>de</strong>r, interpretar) e resolver exercícios. Inclusive, essas etapas do processo <strong>de</strong><br />

leitura (principalmente, compreensão e interpretação) não estão claras aos alunos,<br />

verificação confirmada pelo Quadro 21 (p.111).<br />

Uma estratégia citada <strong>em</strong> D7, que não é especificada como foi realizada,<br />

é a leitura oral compartilhada. O relatório não explicita se foi um procedimento tal<br />

como nos propõe Solé (1998) ou se alguns alunos alternaram a leitura oral, como<br />

costumeiramente encontramos nas escolas. De acordo com a autora, o que ocorre na<br />

leitura compartilhada é que “o professor e os alunos assum<strong>em</strong> – às vezes um, às vezes<br />

os outros – a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> organizar a tarefa <strong>de</strong> leitura e <strong>de</strong> envolver os outros<br />

na mesma” (op.cit. p. 118).<br />

A promoção <strong>de</strong> perguntas dos alunos sobre o texto é uma estratégia que não<br />

foi utilizada por nenhum dossiê. Conforme Solé (1998, p.110), “alguém que assume<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>em</strong> seu processo <strong>de</strong> aprendizag<strong>em</strong> é alguém que não se limita a<br />

respon<strong>de</strong>r às perguntas feitas, mas que também po<strong>de</strong> interrogar e se auto-interrogar”, no<br />

entanto, isso não ocorreu <strong>em</strong> nenhuma das aulas relatadas.<br />

Os dossiês que se propõ<strong>em</strong> aplicar estratégias <strong>de</strong> leitura são D2 e D3,<br />

contudo, não mencionam a que estratégias se refer<strong>em</strong> e se essa aplicação consciente<br />

se efetiva. D6, na introdução, apresenta a assertiva que “O professor, ao estabelecer<br />

estratégias <strong>de</strong> leituras <strong>em</strong> sala <strong>de</strong> aula, estará obtendo ótimos resultados <strong>em</strong> relação a<br />

formação <strong>de</strong> seus alunos”; realiza-as s<strong>em</strong> expor aos alunos sobre estratégias. Em vista<br />

disso, as aulas do EF são bastante interessantes, diferent<strong>em</strong>ente das do EM no qual A6<br />

se preocupa <strong>em</strong> concluir e unir as idéias expostas. Os únicos dossiês que <strong>de</strong>ixam<br />

explícitos <strong>em</strong> relatórios e que expõ<strong>em</strong> aos alunos que há estratégias <strong>de</strong> leitura são D7 e<br />

D10. Conforme Solé (1998, p.172), “Não vamos esperar que os alunos aprendam o que<br />

não lhes foi ensinado, n<strong>em</strong> vamos esperar que aprendam <strong>de</strong> uma vez só e para s<strong>em</strong>pre”.<br />

Em conseqüência disso, assinalamos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ensiná-los estratégias <strong>de</strong> leitura.

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