dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem
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final da narração se concretizara. Na leitura silenciosa, A6 ressalta: “Pedimos também<br />
para que observass<strong>em</strong> palavras <strong>de</strong>sconhecidas” e, então, oralmente: “Perguntamos se,<br />
a partir da leitura, não era possível tentar<strong>em</strong> <strong>de</strong>scobrir” o que significava “caxinguelê”,<br />
palavra esta <strong>de</strong>stacada pelos alunos, e “Disseram que se tratava <strong>de</strong> um animal que não<br />
voava, <strong>de</strong>vido às informações que o texto trazia. Com isso, perceberam que n<strong>em</strong><br />
s<strong>em</strong>pre o significado po<strong>de</strong> ser compreendido apenas com dicionário <strong>em</strong> mãos; o<br />
próprio contexto, às vezes, esclarece”. Observamos que no EF, A6 parece <strong>de</strong>monstrar<br />
conhecimento e maturida<strong>de</strong> quanto às práticas realizadas com o texto.<br />
Já no EM isso não acontece. Há uma preocupação, por parte <strong>de</strong> A6, <strong>em</strong><br />
concluir e unir as idéias expostas, excluindo, assim as diferenças, as divergências:<br />
“Tiv<strong>em</strong>os, então, que fazer a leitura da música e, <strong>em</strong> seguida, pedimos aos alunos<br />
que fizess<strong>em</strong> suas próprias interpretações. Após ouvirmos os comentários, a<br />
estagiária fez a conclusão das idéias, unindo os vários pontos <strong>de</strong> vista.”<br />
Na aula <strong>em</strong> que há propostas <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pré-leitura, como<br />
habilida<strong>de</strong>s: “Ativar o conhecimento prévio do assunto (...)”, A6 trabalha com três<br />
textos e um ví<strong>de</strong>o com a mesma t<strong>em</strong>ática. Todavia, anteriormente aos textos, nenhum<br />
questionamento é realizado para ativar esse conhecimento; os textos são entregues,<br />
lidos e interpretados e, ao final, relacionados. Conseqüent<strong>em</strong>ente, o primeiro texto<br />
ativa o conhecimento para os <strong>de</strong>mais, mas isso não é relatado. Conforme A6:<br />
“Entregamos os exercícios <strong>de</strong> compreensão e interpretação e os alunos tomaram o<br />
resto da aula para executa-los”. A6 <strong>de</strong>monstra, <strong>em</strong> suas conclusões, conhecer um dos<br />
aspectos da leitura: “Pu<strong>de</strong>mos fazer, por ex<strong>em</strong>plo, com que os alunos encarass<strong>em</strong> a<br />
leitura não como <strong>de</strong>codificação, <strong>em</strong> que as respostas estão prontas; ao contrário,<br />
precisam ativar conhecimento prévio e questões fora do texto para po<strong>de</strong>r enten<strong>de</strong>-lo.”<br />
No entanto, se contradiz ao fazer como o relatado acima: unir “os vários pontos <strong>de</strong><br />
vista”.<br />
D7: no plano <strong>de</strong> aula do EF há um it<strong>em</strong> na metodologia - “Trabalhar<br />
processo <strong>de</strong> leitura” - com um t<strong>em</strong>po <strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> cinco minutos e confirmada no<br />
relatório:<br />
“a [estagiária] explicou as estratégias utilizadas no processo <strong>de</strong> leitura do texto.<br />
Foi questionando-os sobre como haviam lido o texto, se utilizaram algum recurso<br />
para ler, se foi <strong>de</strong> fácil compreensão, se tiveram que retornar <strong>em</strong> algum trecho<br />
para entendê-lo melhor etc” [e ainda] “Finalizou esta parte dizendo-lhes que o