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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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A avaliação da produção textual po<strong>de</strong> funcionar como medidora das aulas<br />

anteriores, das leituras anteriores. Isso po<strong>de</strong> ocorrer se elas seguir<strong>em</strong> uma coerência<br />

t<strong>em</strong>ática. Conforme Geraldi (1993), a prática da linguag<strong>em</strong> se efetivará se houver uma<br />

integração entre a produção <strong>de</strong> textos e a leitura <strong>de</strong> textos, na busca <strong>de</strong> perspectivas <strong>de</strong><br />

um ensino que não seja <strong>de</strong> reconhecimento, mas <strong>de</strong> conhecimento; que não seja <strong>de</strong><br />

reprodução mas <strong>de</strong> produção.<br />

De acordo com Colomer e Camps (2002, p.174), os testes <strong>de</strong> leitura<br />

“revelam <strong>de</strong> uma utilida<strong>de</strong> duvidosa na escola, se não se parte da reflexão sobre suas<br />

carências no que avaliam, <strong>em</strong> como avaliam e na finalida<strong>de</strong> com que o faz<strong>em</strong>”.<br />

Fica difícil diagnosticar nos dossiês o que se avalia nos estágios, como se<br />

avalia e se a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma avaliação é comprovar a aprendizag<strong>em</strong> ou o<br />

ensino/aprendizag<strong>em</strong>. Diante das avaliações propostas nos planos <strong>de</strong> aula, não fica<br />

explícito <strong>em</strong> relatório se o estagiário consi<strong>de</strong>rou o processo ensino/aprendizag<strong>em</strong> ou<br />

somente o produto da aprendizag<strong>em</strong>, eximindo-se <strong>de</strong> qualquer responsabilida<strong>de</strong> no<br />

processo. Ou ainda mais intrigante, “muitas vezes a avaliação da leitura fica reduzida à<br />

simples constatação” (COLOMER & CAMPS, 2002, p. 179). No caso do estágio <strong>de</strong><br />

regência, isso é mais fácil <strong>de</strong> ocorrer, <strong>de</strong>vido ao curto período <strong>de</strong> realização, mas o<br />

mesmo po<strong>de</strong> acontecer no dia a dia escolar.<br />

Os acadêmicos ficam impossibilitados <strong>de</strong> realizar uma avaliação processo,<br />

para a gran<strong>de</strong> maioria n<strong>em</strong> mesmo a avaliação produto se efetiva. Presumimos que,<br />

por isso, surg<strong>em</strong> tantas lacunas nas avaliações propostas e realizadas pelos estagiários.<br />

Se há a exigência <strong>de</strong> uma avaliação no planejamento dos estágios, especificamente para<br />

a leitura, no cômputo geral, ela não acontece.<br />

Uma entrevista com os professores elucidaria esse probl<strong>em</strong>a <strong>em</strong> relação à<br />

avaliação, mostrando como os acadêmicos receberam a teoria sobre a avaliação <strong>de</strong><br />

leitura. No entanto, não é nosso interesse <strong>de</strong> pesquisa esse processo, tanto com relação<br />

à avaliação proposta pelos acadêmicos para os estágios, quanto à avaliação realizada<br />

pelos professores <strong>de</strong> PELP. Fica, portanto, uma sugestão <strong>de</strong> uma nova pesquisa a partir<br />

dos registros levantados por este trabalho.

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