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dissertação completa - Programa de Pós-Graduação em Letras - Uem

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sobre a língua”. Sendo assim, o leitor competente é aquele que: por iniciativa seleciona<br />

<strong>de</strong>ntre a diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> textos aqueles que atendam a sua necessida<strong>de</strong>; utiliza<br />

estratégias <strong>de</strong> leitura a<strong>de</strong>quadas para abordar os textos <strong>de</strong> forma a aten<strong>de</strong>r a essa<br />

necessida<strong>de</strong>; estabelece relações entre os textos lidos; compreen<strong>de</strong> o que lê e sabe que<br />

um texto po<strong>de</strong> ter vários sentidos e el<strong>em</strong>entos implícitos; possui a habilida<strong>de</strong> para “ler<br />

autonomamente” (BRASIL, 1998a, p. 70).<br />

Solé (1998, p.18), ao mencionar a autonomia do leitor, vê o fruto <strong>de</strong> uma<br />

leitura, quando “compreen<strong>de</strong>r e interpretar textos escritos <strong>de</strong> diversos tipos com<br />

diferentes intenções e objetivos contribui <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva para a autonomia das<br />

pessoas”. E, então, perguntamos: como se atinge essa autonomia, essa competência?<br />

Caberá ao professor a tarefa <strong>de</strong> conscientizar o aluno “da existência, <strong>em</strong><br />

cada texto, <strong>de</strong> diversos níveis <strong>de</strong> significação” (KOCH, 1996, p.160), não somente<br />

aquele explícito, que o aluno percebe através <strong>de</strong> uma leitura superficial, mas,<br />

significações implícitas, mais sutis, relacionadas à intencionalida<strong>de</strong> do <strong>em</strong>issor. Para<br />

Koch (op.cit p.161), uma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> interpretação <strong>de</strong> texto “<strong>de</strong>ve s<strong>em</strong>pre fundar-se na<br />

suposição <strong>de</strong> que o <strong>em</strong>issor t<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas intenções e <strong>de</strong> que uma <strong>de</strong>codificação<br />

a<strong>de</strong>quada exige justamente, a captação <strong>de</strong>ssas intenções por parte <strong>de</strong> qu<strong>em</strong> lê: é preciso<br />

compreen<strong>de</strong>r-se o querer dizer como um querer fazer”.<br />

Retomando e discordando da expressão “<strong>de</strong>codificação a<strong>de</strong>quada”,<br />

supracitada por Koch, substituiríamo-la por “leitura ‘<strong>de</strong> verda<strong>de</strong>’” (SOLÉ, 1998, p.<br />

43), ou “leitura ‘ativa’” (BORDINI & AGUIAR, 1988, p.16), ou “leitura significativa”<br />

(SMITH, 1999), ou “leitura proficiente” (KLEIMAN & MORAES, 1999), ou “leitura<br />

fluente” (LEFFA, 1996), ou “leitura eficiente” (GOODMAN, 1987), ou ainda,<br />

“leitura competente” (BRASIL, 1997b, 1998a). Acreditamos que esta substituição po<strong>de</strong><br />

representar melhor a ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> leitura como um momento <strong>de</strong> interação entre autor e<br />

leitor, via texto.<br />

Além <strong>de</strong>sta conscientização da existência dos diversos níveis <strong>de</strong><br />

significação, o professor também po<strong>de</strong> ensinar estratégias <strong>de</strong> leitura para, aí sim,<br />

transformá-la <strong>em</strong>: leitura <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>, ativa, significativa, proficiente, fluente, eficiente,<br />

competente.<br />

A partir <strong>de</strong>ssas reflexões, justificamos que a relevância <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong><br />

pesquisa centra-se na investigação dos dossiês dos acadêmicos da disciplina <strong>de</strong> Prática<br />

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