CAPA EIA PARNAIBA-CACHOEIRA.cdr - Ibama

esta demanda reprimida e é fato que a iniciativa privada vem buscando o suprimento próprio
de energia, aliviando o setor público do ônus do investimento.
O atual cenário do setor elétrico brasileiro é propício à análise de empreendimentos situados
na região Nordeste e, neste contexto, os estudos preliminares realizados sobre a
atratividade do AHE Cachoeira mostraram que, tanto a sua localização estratégica quanto o
custo adequado da energia obtido naqueles estudos, motivam a sua continuidade e
aprofundamento.
A energia a ser gerada no AHE Cachoeira, na configuração atual, seria totalmente absorvida
pelo mercado consumidor do Nordeste do País, aspecto que, por si só, justifica a sua
implantação.
Importantes centros situados próximos ao aproveitamento e inseridos numa região em
franco desenvolvimento de agroindústrias com potencial de uso intensivo de energia trarão
maior confiabilidade e estabilidade ao sistema de transmissão e, consequentemente,
melhoria na qualidade de atendimento dos pequenos e grandes consumidores, requisitos
básicos para a sustentação dos processos de crescimento e modernização da produção.
A concepção do aproveitamento e as estruturas que o compõem correspondem a soluções
convencionais de engenharia civil, empregadas em obras desta natureza no Brasil.
Da mesma forma, os equipamentos eletromecânicos projetados possuem características
amplamente dominadas na fabricação, transporte, operação e manutenção em nosso
território.
O custo estimado para a implantação do aproveitamento, incluindo os juros durante a
construção, é de R$ 431.855.630 referenciados a janeiro de 2006, que equivalem a
US$ 189.743.240. O benefício energético proporcionado pelos 63 MW instalados na usina é
de 51,43 MW médios 1 , resultando num índice de mérito 2 de R$ 119/MWh (US$ 52,3/MWh) e
custo de instalação de R$ 6.451/kW (US$ 2.834/kW), o que justifica a sua inclusão no
sistema no decênio 2006 – 2015. Incluindo-se os custos referentes à implantação de
subestação elevadora e linhas de transmissão para conexão com o Sistema Interligado,
estimados em R$ 9.970.000, que equivalem a US$ 4.380.490, esse índice passa para
R$ 122/MWh (US$ 53,6/MWh).
Considerando o custo marginal de expansão da geração, para o período decenal 2006 a
2015, de R$ 129,67/MWh (valor da energia mais cara do primeiro leilão de energia nova
realizado em dezembro/2006), publicado pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética,
observa-se que o ICB - índice custo-benefício do AHE Cachoeira está abaixo do custo
marginal de expansão.
Considerando-se, ainda, a forte tendência de crescimento do custo marginal de expansão
da geração, os estudos desenvolvidos indicam a viabilidade técnica, econômica e ambiental
da implantação do empreendimento para atendimento às necessidades do mercado de
energia elétrica.
Outro aspecto bastante favorável ao empreendimento é a sua localização geográfica, na
Região Nordeste, com grande potencial de crescimento, assegurando mercado para
1
- De acordo com o relatório CNEC nº VCAC/GE.00/RT.0003: Adendo 2 - Incorporação da Reconstituição das
Séries de Vazões Naturais Médias Mensais, de 02/06/2008.
2
- Índice de Mérito ou Índice Custo / Benefício - ICB: principal indicador da capacidade de viabilização técnicoeconômica
de um aproveitamento hidrelétrico, calculado a partir do custo total anual do aproveitamento (custos
de amortização do investimento e de operação e manutenção) e do benefício energético fornecido por ele ao
Sistema.
Projeto Parnaíba AHE CACHOEIRA EIA - Estudos de Impacto Ambiental
Volume I – Estudos Preliminares 3-5