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CAPA EIA PARNAIBA-CACHOEIRA.cdr - Ibama

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No entanto, no Brasil, nenhum desses combustíveis constitui alternativa competitiva de<br />

geração frente ao gás natural. No caso do carvão, isto é ocasionado pela indisponibilidade<br />

do mineral a distâncias razoáveis das regiões fortemente consumidoras de energia.<br />

Conforme citado no Plano Decenal de Expansão de Energia 2008/2017, o Brasil possui 32<br />

bilhões de toneladas em reservas de carvão mineral, 89% das quais localizadas nas regiões<br />

de Candiota, Baixo Jacuí e litoral, no Rio Grande do Sul. Dariam para gerar 28.000 MW,<br />

durante 100 anos 6 .<br />

Em relação ao óleo combustível, o Plano Decenal ressalta que as exportações nacionais<br />

têm se mantido em constante crescimento, nos últimos anos, verificando-se um aumento de<br />

38% entre 2002 e 2006, 95% destinado aos mercados Norte Americano e da região Ásia-<br />

Pacífico.<br />

Embora em 2006 tenham sido exportados 7 milhões m³, a perspectiva de incremento na<br />

demanda de óleo combustível para termeletricidade inverterá este quadro, a partir de 2014,<br />

quando, de acordo com o balanço do Plano, a oferta de óleo combustível passará a ser<br />

inferior à demanda, configurando um cenário de importação líquida.<br />

Por outro lado, ainda que existam tecnologias eficientes para abatimento das emissões de<br />

poluentes gerados no processo de queima destes combustíveis (óleo e carvão), níveis<br />

elevados de controle implicam custos também elevados para aquisição dos equipamentos e<br />

adequação dos processos, o que diminuiria mais ainda a competitividade destes<br />

combustíveis para a produção de energia elétrica na região em apreço, frente ao gás<br />

natural.<br />

As usinas térmicas usando carvão nacional como combustível, apesar de terem custos de<br />

investimento similares (de 1.500 a 1.800 US$/kW, segundo a Eletrosul), apresentam graves<br />

problemas de poluição do ar gerada na queima do carvão (dióxido de enxofre, chuvas<br />

ácidas etc.). Os custos de geração são superiores aos de hidrelétrica (cerca de<br />

US$ 45/MWh).<br />

Quanto às usinas térmicas utilizando óleo combustível ou diesel, embora seus custos de<br />

investimento sejam inferiores aos das hidrelétricas (cerca de US$ 1.000/kW), os custos de<br />

geração são bem superiores (US$ 55/MWh e US$ 70/MWh, respectivamente) eliminando<br />

qualquer vantagem econômica. Além disso, a queima dos combustíveis citados provoca<br />

sérios problemas de poluição do ar (dióxido de carbono, óxidos de nitrogênio etc.).<br />

3.3.2.3. Gás Natural<br />

A usina termelétrica a gás natural é considerada a mais limpa, dentre as fontes<br />

termoelétricas a combustíveis não nucleares, uma vez que seus efeitos são menos nocivos<br />

ao meio ambiente do que os outros combustíveis (óleo e carvão). Ainda assim, provoca<br />

impactos a serem considerados: libera produtos da combustão especialmente o NOx. Estas<br />

emissões têm efeito sobre a saúde da população, sobre a vegetação e a fauna associada.<br />

A questão do suprimento de gás é um dos aspectos que tem trazido grande polêmica ao<br />

programa. Como há o risco de aumento dos preços do gás natural importado, em razão da<br />

variação cambial, e como, por outro lado, não há garantias de repasse desse aumento para<br />

a tarifa, os investidores têm tido dificuldades em viabilizar as operações de financiamento,<br />

principalmente junto aos agentes internacionais.<br />

6 - Considerando um fator de recuperação das minas de 60%, um percentual aproveitável de 50%, um fator de<br />

capacidade médio de 55% e uma eficiência de 35%.<br />

Projeto Parnaíba AHE <strong>CACHOEIRA</strong> <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />

Volume I – Estudos Preliminares 3-51

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