rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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O “distrito de negócios da <strong>cidade</strong>” (atual II Região Administrativa - Centro) se tornou<br />
a parte principal da Zo<strong>na</strong> Central, sendo preterida e percebida como de menor importância a<br />
sua zo<strong>na</strong> periférica de uso misto, a partir de mudanças <strong>na</strong> lei de desenvolvimento urbano e<br />
regio<strong>na</strong>l do Estado da Gua<strong>na</strong>bara 225 . A seguir aponta-se a avaliação de Rabha quanto a ação<br />
do Estado sobre as mudanças de forma e conteúdo da área central do Rio de Janeiro ao longo<br />
de três quartos do século XX.<br />
Na área central, um longo caminho havia sedimentado fortes decisões para sua<br />
completa transformação. Durante vários anos tinham sido aprovados projetos<br />
desti<strong>na</strong>dos à abertura ou alargamento de ruas, implicando grande quantidade de<br />
imóveis desapropriados ou conde<strong>na</strong>dos a perder parte significativa, caso fossem<br />
reconstruídos. (...) Tais intenções revelavam a eficiência do instrumento<br />
representado pelo sistema viário, servindo como uma luva para consolidar as<br />
intervenções de interesse público que levariam ao completo processo de mudança <strong>na</strong><br />
forma e no conteúdo da área central. A ação do Estado estava baseada <strong>na</strong><br />
combi<strong>na</strong>ção de grandes obras de impacto, abrindo novos eixos de circulação e no<br />
estabelecimento de normas para recuos das futuras construções particulares (Ibid.,<br />
p.232-3).<br />
O Mapa 1, a seguir, representa o mapa de delimitação e uso do solo da Área Central e<br />
Zo<strong>na</strong> Sul. O Mapa 2, apresenta a delimitação adotada para o núcleo central da <strong>cidade</strong>. O Mapa<br />
3, em seguida, de autoria de Rabha (2006), representa toda a delimitação da Área Central<br />
segundo Duarte (1967).<br />
225 RABHA, passim. Segundo a autora, “os trabalhos referentes ao planejamento e estudo da realidade urba<strong>na</strong><br />
pós-fusão, promoveram alterações <strong>na</strong> delimitação das Regiões Administrativas. A II RA, Centro, foi reduzida<br />
pela perda das áreas do Mangue ou Cidade Nova e Estácio, incorporadas à III RA, Rio Comprido. O Centro<br />
permaneceu com a área basicamente atual, excetuando-se um pequeno trecho, mantido <strong>na</strong> I RA, Portuária,<br />
contendo a Praça e o Píer Mauá, posteriormente reinseridos <strong>na</strong> área central” (p.217). Podemos mencio<strong>na</strong>r<br />
também, o decreto n° 1.269, de 27 de outubro de 1977, aprovando o “Plano Urbanístico Básico da Cidade do Rio<br />
de Janeiro, PUB-RIO, o primeiro plano realizado por técnicos da própria municipalidade”. (...) <strong>na</strong> área central,<br />
com perdas que chegavam a atingir um terço da profundidade dos lotes, os novos PAs acabaram servindo como<br />
instrumento de preservação das antigas edificações” (Ibid., p.233-4).