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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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139<br />

um papel ativo <strong>na</strong> organização do espaço geográfico da Área Central. Neste sentido, roteiros<br />

culturais fortalecem a <strong>centralidade</strong> do entretenimento/lazer tendo como “principais atividades<br />

os espetáculos teatrais, as exposições, os eventos, restaurantes e bares, além da visita ao<br />

patrimônio cultural, o qual está representado por museus, monumentos e sítios históricos” 316 .<br />

As políticas culturais associam-se ao turismo urbano por meio das chamadas “atrações<br />

culturais, tais como áreas históricas renovadas, grandes obras urbanísticas recentes, áreas<br />

comerciais de pedestres, obras de arte em espaços públicos, além de feiras e mercados” 317 . Na<br />

<strong>cidade</strong> do Rio de Janeiro, a atividade foi impulsio<strong>na</strong>da “pelo projeto Corredor Cultural, o qual<br />

auxiliou a revitalização desta área e a refuncio<strong>na</strong>lização de alguns fixos sociais importantes<br />

para a memória da <strong>cidade</strong>” 318 . Na área da Praça XV, por exemplo, o projeto visou a<br />

valorização da qualidade ambiental de certas ruas para promover a localização de<br />

“requintados bares, restaurantes e butiques” 319 .<br />

Com o decorrer da década de noventa, surgem outros projetos buscando elevar a<br />

participação dos cariocas <strong>na</strong>s atividades culturais <strong>na</strong> área central como ‘Fins de<br />

Sema<strong>na</strong> no Centro’, ‘Conhecendo o Rio a Pé’, dentre outras iniciativas. No bojo dos<br />

acontecimentos, novos centros culturais foram surgindo em razão da lógica de<br />

preservação imbuída no ideário social criado pelas políticas públicas de valorização<br />

da área central e pela divulgação de roteiros alter<strong>na</strong>tivos <strong>na</strong>s agências de turismo<br />

(COLOMBIANO, s/d).<br />

A presença do “velho” ou do “passado” no Centro pode ser visualizada a partir da<br />

espacialização dos atrativos culturais e equipamentos turísticos que se faz de maneira<br />

concentrada “em sua maioria no núcleo central da <strong>cidade</strong> em razão da concentração de bens<br />

tombados e da manutenção de logradouros importantes para a história da <strong>cidade</strong>” 320 .<br />

Como em tantas outras <strong>cidade</strong>s, os equipamentos culturais tendem a se concentrar no<br />

núcleo; e o Rio de Janeiro não foge à regra. No panorama carioca se observa uma<br />

forte concentração desses equipamentos em sua área central, algumas concentrações<br />

em bairros da classe média e uma enorme carência nos bairros populares, subúrbios<br />

e periferias. [...] Este olhar sobre a materialização dos edifícios culturais no espaço<br />

urbano reforça a distribuição extremamente desigual das benesses urbanísticas –<br />

316 COLOMBIANO, s/d. Texto disponível <strong>na</strong> internet no endereço eletrônico da Revista Digital Simonsen.<br />

Disponível em www.simonsen.com.br. Acesso em novembro de 2006.<br />

317<br />

SÁNCHEZ, op.cit., p.402.<br />

318<br />

COLOMBIANO, passim.<br />

319<br />

INSTITUTO MUNICIPAL DE ARTE E CULTURA, op.cit.<br />

320<br />

COLOMBIANO, passim.

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