rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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mais vivo do que nunca <strong>na</strong> forma urba<strong>na</strong>, no imaginário das pessoas e,<br />
conseqüentemente, <strong>na</strong> realimentação da <strong>cidade</strong> (CARGNIN, loc.cit.).<br />
Portanto, a partir da reflexão de alguns autores tor<strong>na</strong>-se possível compreender a<br />
configuração do contexto urbano-metropolitano orientada por diferentes estratégias de<br />
apropriação do espaço pelo capital, caracterizada pela expansão de áreas especializadas que<br />
absorveram atributos do centro e, por processos de esvaziamento e renovação das áreas<br />
centrais. Neste processo verifica-se a permanência de referências ao centro<br />
histórico/tradicio<strong>na</strong>l, logo, mesmo que este não permaneça em sua forma origi<strong>na</strong>l ele é/será<br />
um ponto de origem a partir do qual a <strong>cidade</strong> cresce.<br />
Fi<strong>na</strong>lizando este panorama geral de percepções sobre o centro e a <strong>centralidade</strong>,<br />
seguem algumas leituras que trouxeram contribuições teórico-metodológicas para a<br />
compreensão dos processos sócio-espaciais que, ao longo do tempo, culmi<strong>na</strong>ram <strong>na</strong><br />
estruturação do ambiente metropolitano e <strong>na</strong> configuração atual dos espaços centrais - no<br />
nosso caso, da área central da <strong>cidade</strong> do Rio de Janeiro.<br />
1.2.1. Os modelos de estruturação urba<strong>na</strong><br />
O conhecimento sistematizado sobre os processos de estruturação urba<strong>na</strong> e a<br />
conseqüente formulação de modelos representativos de padrões de organização sócio-espacial<br />
da <strong>cidade</strong> influenciam os estudos sobre os padrões de crescimento urbano e transformações<br />
sociais nos grandes aglomerados urbanos - primeiramente dos países desenvolvidos. Estudos<br />
estes aprofundados por pesquisadores do curso de Ecologia Huma<strong>na</strong>, embrionário da Escola<br />
de Chicago, cujas principiais produções se deram entre 1917 e 1940.<br />
No contexto do século XIX, as <strong>cidade</strong>s foram profundamente alteradas, passando<br />
por crescimento ou transformação de sua organização espacial. Em especial, as<br />
novas <strong>cidade</strong>s america<strong>na</strong>s, das quais Chicago tornou-se a referência, foram<br />
vigorosamente afetadas por acontecimentos que instigaram a necessidade de<br />
compreensão e requeriam explicações teóricas (...). Foi <strong>na</strong> Sociologia, numa<br />
ramificação de estudos oriundos da ecologia, ciência baseada em princípios da<br />
‘cooperação competidora’ e <strong>na</strong> ‘teia da vida’ que o estudo de processos urbanos<br />
floresceu (RABHA, 2006, p.28).