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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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177<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A presente dissertação partiu da premissa que a Área Central da <strong>cidade</strong> do Rio de<br />

Janeiro vem seguindo uma tendência mundial: a de revalorização do seu espaço. Vale anotar<br />

que essas áreas são referidas como “o lugar privilegiado de tradição e memória histórica e<br />

cultural”, tanto pela “mídia”, quanto pelo poder público e sociedade civil organizada. Ainda:<br />

tal ideal de revalorização orienta uma série de políticas ligadas ao turismo cultural, bem como<br />

a implantação de novas atividades econômicas (comércio e serviços) e usos do solo<br />

(residencial).<br />

No intuito de apreender esses aspectos, a dissertação em tela prima por investigar o<br />

sentido da crescente concentração de universidades particulares <strong>na</strong> área central do Rio de<br />

Janeiro <strong>na</strong>s últimas décadas e, o seu papel no processo de refuncio<strong>na</strong>lização do Centro, de<br />

modo a embasar a reflexão aqui apontada que é, por conseguinte, compreender qual a<br />

importância desta <strong>centralidade</strong> no contexto metropolitano contemporâneo.<br />

Notadamente, considerou-se o processo histórico que levou à configuração atual do<br />

Centro, responsável por diferentes percepções acerca da sua importância social enquanto<br />

<strong>centralidade</strong> exercida durante séculos. Logo, <strong>na</strong> análise da problemática apresentada coube a<br />

reflexão acerca do movimento dialético das mudanças e permanências da organização<br />

espacial intra-urba<strong>na</strong>, fruto das mudanças ocorridas <strong>na</strong> organização social ao longo do tempo.<br />

Sendo assim, tornou-se imprescindível reconstituir a trajetória histórica e conceitual de<br />

centro e <strong>centralidade</strong> de modo a auxiliar a percepção da <strong>centralidade</strong> no tecido urbano e sua<br />

dinâmica espaço-temporal, seja no contexto mundial quanto no específico da <strong>cidade</strong> do Rio de<br />

Janeiro. E mais: que nesse processo de reconstituição foi possível desvendar certas dimensões<br />

da <strong>centralidade</strong>, uma vez que reveladoras de valores societários hegemônicos, assim como das<br />

diferentes forças sociais que as conformam com fins estratégicos no presente e para o futuro.<br />

Tal escolha teórico-metodológica contribuiu para a compreensão das transformações<br />

ocorridas no Centro Principal no que trata da sua realidade física, funcio<strong>na</strong>l e simbólica - a<br />

partir da década de 1960. Verificou-se que a <strong>centralidade</strong> urba<strong>na</strong> “foge” ao padrão de centro<br />

polifuncio<strong>na</strong>l e monopólico em função do processo de descentralização revelador da expansão<br />

da <strong>cidade</strong> transformada em metrópole, em meados do Século XX, logo ela passa a não ser<br />

ape<strong>na</strong>s um atributo do lugar central – como já diziam os estudiosos da ecologia huma<strong>na</strong> –<br />

transpondo a noção do que é central para outras áreas da <strong>cidade</strong>. A partir deste momento<br />

evidenciou-se a manifestação de mudanças significativas <strong>na</strong> organização espacial da área<br />

central do Rio de Janeiro ocasio<strong>na</strong>das por novas lógicas políticas e econômicas, resultando em

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