rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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escritórios, hospitais e consultórios – para outras <strong>centralidade</strong>s municipais e <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>is, devido<br />
aos altos valores dos aluguéis e condomínio, à defasagem de espaços e degradação das<br />
instalações prediais e logradouros, ao trânsito, e à supremacia econômica de São Paulo.<br />
Sendo assim, a contribuição deste estudo consiste em trazer à reflexão o processo de<br />
expansão das IES privadas, em escala <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, e local – no caso <strong>na</strong> Área Central do Rio de<br />
Janeiro, após a década de 1990, e o seu sentido para a dinâmica da configuração sócioespacial<br />
do centro. Notadamente, verifica-se o papel da cultura como o “novo combustível”<br />
capaz de impulsio<strong>na</strong>r o desenvolvimento “dentro e pelos lugares da <strong>cidade</strong>”. As universidades<br />
representam, portanto, um ator importante no fornecimento de “bens e serviços simbólicos”<br />
(ARANTES, 2002) no contexto recente da “reabilitação” do Centro, este revelador da<br />
“reapropriação estratégica do espaço urbano” (SMITH, 2006) que associa o desenvolvimento<br />
urbano ao crescimento econômico. Logo, tais considerações fortalecem o questio<strong>na</strong>mento<br />
frente aos sentidos das intervenções de requalificação e os seus efeitos de “gentrificação”,<br />
pois seus objetivos se estabelecem <strong>na</strong> “generalização” do capital, <strong>na</strong> movimentação da<br />
economia urba<strong>na</strong>, e <strong>na</strong> acumulação de capital pelo setor imobiliário.<br />
Portanto, a dissertação procurou evidenciar as novas práticas dos atores privados<br />
relacio<strong>na</strong>das ao novo ativismo econômico que agrega “cultura e economia”, à utilização de<br />
estratégias locacio<strong>na</strong>is que se apropriam de áreas centrais reabilitadas visando o lucro, à<br />
“mercantilização” do ensino superior que visa a criação de novos nichos de consumo e de<br />
investimentos fi<strong>na</strong>nceiros pelo setor privado (no caso os serviços educacio<strong>na</strong>is), e às novas<br />
representações ideológicas que fundamentam a sociedade de consumo capitalista e a<br />
valorização do indivíduo no cenário urbano contemporâneo.