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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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120<br />

O Plano Estratégico [...] contribui para legitimar iniciativas voltadas ao resgate da<br />

<strong>cidade</strong>, [...] propondo uma nova forma de participação [...] via parcerias em aberto,<br />

que caracteriza a cultura político-administrativa difundida com apoio em agências<br />

multilaterais de desenvolvimento [...]. Ainda a justificativa do Plano acio<strong>na</strong> o<br />

conjunto de processos que sustentam crenças atuais sobre os desafios urbanos:<br />

globalização, competição entre países e <strong>cidade</strong>s, projetos atrativos de investimentos<br />

externos, paradigma das <strong>cidade</strong>s globais. 265<br />

Assim, no contexto <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, como aponta Magalhães (op.cit.), “a Prefeitura vem<br />

tendo liderança do processo de transformações no centro do Rio” 266 . Com a criação e<br />

aplicação de leis de zoneamento, o Poder Público lançou o projeto do Corredor Cultural e as<br />

propostas de intervenções urbanísticas em áreas determi<strong>na</strong>das da Lapa e Rua Uruguaia<strong>na</strong>.<br />

Em função da lógica de investimento público estabelecida, no período determi<strong>na</strong>do<br />

por 1989 e 1996, a área do projeto Corredor Cultural recebeu diversas obras de<br />

reurbanização dos seus espaços públicos, incremento da ilumi<strong>na</strong>ção pública que<br />

incluiu a valorização de monumentos, orde<strong>na</strong>mento e repressão do comércio<br />

ambulante e estacio<strong>na</strong>mento de automóveis sobre as calçadas, dentre outras medidas<br />

que buscaram valorizar lugares como a Praça XV de Novembro, os Largos da<br />

Carioca e da Lapa, Avenida Rio Branco e Cinelândia e o trecho Rua Uruguaia<strong>na</strong> –<br />

Praça Tiradentes (CARLOS, 2006, p.8).<br />

Além disso, foram criadas áreas de preservação ambiental da Cruz Vermelha, da<br />

Saúde, Santo Cristo, Gamboa e Teófilo Otoni. Posteriormente, já <strong>na</strong> década de 1990,<br />

ampliam-se as proposições do projeto do Corredor Cultural e é criada a Subprefeitura do<br />

Centro. Neste sentido, as APACs revelam-se alvo de intervenções pontuais por parte do Poder<br />

Público Municipal, especialmente, as estabelecidas <strong>na</strong> área central. Segundo Carlos (2006), os<br />

“critérios que balizam as ações da Prefeitura baseiam-se <strong>na</strong> premissa da preparação dos<br />

espaços públicos, com vistas à atração e viabilização de empreendimentos privados <strong>na</strong>s áreas<br />

imobiliária, cultural e de serviços” 267 .<br />

Na administração Marcelo Alencar (1989-1992), César Maia (1993-1996) e Conde<br />

(1997-2000) realizaram-se projetos de valorização do espaço público e de melhoramento de<br />

265 Ibid., p.25-7.<br />

266 MAGALHÃES, ibid., p.744. Segundo Mesentier (s/d), quanto às ações do Poder Público “pode-se propor<br />

um recorte em dois períodos: I) o primeiro, marcado pela combi<strong>na</strong>ção de ações de proteção legal e estímulo a<br />

ações de conservação da iniciativa privada através de mecanismos de isenção fiscal; II) o segundo, quando são<br />

adicio<strong>na</strong>das às ações anteriores, programas e projetos que aportam recursos e realizam intervenções no ambiente<br />

urbano, que implicam em reestruturação do uso do solo e valorização imobiliária de algumas áreas onde existem<br />

edifícios e conjuntos de valor patrimonial”.<br />

267 “Em 1992, o Plano Diretor Dece<strong>na</strong>l da Cidade [...] definiu o instrumento urbanístico denomi<strong>na</strong>do Área de<br />

Proteção do Ambiente Cultural (Apac)” (CARLOS, 2006, p.7). Baseando-se no texto origi<strong>na</strong>l, o autor define o<br />

instrumento como “uma área de domínio público ou privado, a que apresenta relevante interesse cultural e<br />

características paisagísticas notáveis, cuja ocupação deve ser compatível com a valorização e a proteção da sua<br />

paisagem e do seu ambiente urbano, bem como a preservação de seus conjuntos urbanos”.

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