rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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E.F. Central do Brasil e pela E.F. Leopoldi<strong>na</strong> que houve a maior expansão.<br />
No período de 1890 a 1906, a atividade de construção civil ganhou enorme<br />
di<strong>na</strong>mismo, e concentrou−se predomi<strong>na</strong>ntemente <strong>na</strong> produção de imóveis desti<strong>na</strong>dos ao<br />
comércio, à indústria e aos serviços. Neste período, as freguesias que compunham o centro<br />
histórico perderam parte importante da sua população residente, fruto da tendência desta parte<br />
da <strong>cidade</strong> em se especializar como zo<strong>na</strong> comercial desde o fim do Século XIX, tor<strong>na</strong>ndo<br />
elevados os preços fundiários e imobiliários em razão das obras de reforma realizadas por<br />
Pereira Passos. O outro fator que diminuiu o número de logradouros foi a política higienista,<br />
que promoveu uma campanha contra as habitações coletivas.<br />
No período de 1906 a 1920 se consolidam, portanto, as tendências da urbanização do<br />
Rio de Janeiro. Segundo Ribeiro (1997), há o aumento do número de logradouros, que passa<br />
de 1.943 para 3.534, o que expressa uma expansão da malha urba<strong>na</strong> e, ao mesmo tempo,<br />
densificação <strong>na</strong> ocupação do espaço. Destaque para o novo eixo de investimentos – a Beira-<br />
Mar, estendendo-se até o “novo bairro <strong>na</strong> orla marítima” 183 - Copacaba<strong>na</strong>.<br />
Concomitantemente, as freguesias que compunham o centro histórico da <strong>cidade</strong><br />
continuam a perder população. A incidência de ações de renovação urba<strong>na</strong> e a especialização<br />
da função comercial nesta área se expressa <strong>na</strong> tentativa de retomada da área central por meio<br />
da “instalação ali de novas sedes bancárias, de escritórios e dos principais estabelecimentos da<br />
nova sociedade capitalista brasileira” 184 .<br />
O centro passava a significar a localização privilegiada para o trabalho, para<br />
diversões, para ser e estar inserido <strong>na</strong> vida política, econômica e social da <strong>cidade</strong>.<br />
Mas era rumo ao sul que estava sendo iniciada a formação da área de moradia<br />
compatível aos que comandavam aquela representação. Estava aberta uma nova<br />
frente de crescimento urbano, uma verdadeira oportunidade para construção do<br />
espírito da época sobre um imenso espaço limpo e descomprometido com o passado<br />
(RABHA, op.cit., p.119).<br />
No período de 1920−1933, a população do Rio de Janeiro cresceu a taxa geométrica<br />
anual (2,1%) bem inferior ao incremento predial (4,1%) e ao domiciliar (4,7%). Esta diferença<br />
entre as taxas de crescimento predial e domiciliar indica que no período em tela a <strong>cidade</strong> se<br />
verticalizou, surgindo elevado número de prédios de apartamentos. Outro fato a apontar é o<br />
espraiamento da <strong>cidade</strong> pelo território, que estende sua malha através da incorporação de<br />
áreas rurais ao tecido urbano 185 .<br />
183 RABHA, op.cit., p.114.<br />
184 MAGALHÃES, op.cit., p.741.<br />
185 RIBEIRO, 1997.