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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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Para Duarte, a redistribuição do equipamento terciário ou movimento de<br />

descentralização estimulou a expansão urba<strong>na</strong> do Rio de Janeiro. Os centros funcio<strong>na</strong>is, como<br />

são denomi<strong>na</strong>dos, surgiram espontaneamente devido a fatores ligados à intensa urbanização e<br />

à industrialização, e se expandiram a partir da Área Central (A.C.N) por estarem sob seu<br />

comando.<br />

A autora aplica a teoria do Central-Place de Christaller à estrutura comercial da<br />

<strong>cidade</strong>, entendendo-a como um “sistema que apresenta uma organização inter<strong>na</strong> onde se<br />

distinguem lugares centrais intra-urbanos, estruturados hierárquica e funcio<strong>na</strong>lmente” 199 .<br />

Desta forma, identifica os lugares centrais a partir da convergência de fluxos de capital,<br />

administrativos, de bens, serviços e pessoas. Cada centro funcio<strong>na</strong>l possui características<br />

próprias e diferentes graus de desenvolvimento 200 . Sua área de influência, ou seja, a sua força<br />

de atração sobre as áreas vizinhas é orientada pela formação do núcleo central do subcentro.<br />

Os centros funcio<strong>na</strong>is do Rio de Janeiro tiveram sua <strong>centralidade</strong> definida pela<br />

atividade terciária – comércio e serviços. Dispõem de uma estrutura de serviços já<br />

estabelecida e provocam fluxos de diferentes partes da <strong>cidade</strong>. Ressalte-se, porém<br />

que embora prestem serviços indispensáveis à população, não constituem os centros<br />

funcio<strong>na</strong>is o único elemento gerador de fluxos no Estado. O trabalho, o lazer, os<br />

fluxos administrativos e outros fatores geram estes fluxos (DUARTE, op.cit., p.58).<br />

Para a autora, o crescimento demográfico é a principal causa da descentralização das<br />

atividades terciárias, já que este contingente “tende a localizar-se cada vez mais distante da<br />

Área Central” e passa a necessitar de uma série de serviços antes concentrados <strong>na</strong> <strong>centralidade</strong><br />

principal. Neste sentido, há a desconcentração de atividades terciárias para “pontos-chave da<br />

<strong>cidade</strong>, onde o transporte adquire importância capital” 201 . Dentre as contribuições dos<br />

subcentros à dinâmica intra-urba<strong>na</strong> ressaltadas por Duarte estão: o desenvolvimento do setor<br />

terciário; o alargamento do mercado de trabalho e consumidor; o aumento da população ativa;<br />

e o desafogamento dos fluxos de pessoas e veículos do centro.<br />

O aumento cada vez maior da quantidade de veículos a partir da década de 1930,<br />

associado ao relevo da área central passou a causar dificuldade de acesso e congestio<strong>na</strong>mento,<br />

formando os problemas ligados à <strong>centralidade</strong> principal. Assim, as mudanças <strong>na</strong>s formas de<br />

199 DUARTE, op.cit., p.54.<br />

200 O que Tourinho (2006) mencio<strong>na</strong> como graus de <strong>centralidade</strong>.<br />

201 DUARTE, op.cit., p.55.

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