rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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pela intersecção da Avenida Rio Branco, Rua Acre e Praça e Píer Mauá, é não só o<br />
mais integrador à área central, como também o que reúne pré-condições mais<br />
imediatas para a sua implementação, beneficiada pela proximidade do centro de<br />
negócios [...]. As atividades de lazer, cultura, comércio, serviços e o forte apelo<br />
turístico estariam atendidas <strong>na</strong> implementação de um projeto de renovação do trecho<br />
entre o Píer e o Armazém 4, setor já disponibilizado para essa fi<strong>na</strong>lidade pela Cia.<br />
Docas (INSTITUTO PEREIRA PASSOS, 2001).<br />
A riqueza urbanística concentrada <strong>na</strong> região da Praça Mauá é fruto da evolução urba<strong>na</strong><br />
da <strong>cidade</strong> como um todo. Nela podemos encontrar prédios históricos da Metropol, Docas Rio<br />
(Touring), Portus-Banco Santos (Palacete Príncipe D. João), A Noite, Imprensa Nacio<strong>na</strong>l,<br />
Igreja e Mosteiro de São Bento, Museu Naval, etc. No que se refere à acessibilidade e<br />
<strong>centralidade</strong>, concentra e descentraliza os fluxos para diferentes partes da <strong>cidade</strong> através do<br />
Termi<strong>na</strong>l Rodoviário Mariano Procópio e das avenidas Rio Branco e Rodrigues Alves.<br />
A compreensão dos fatores responsáveis pelo desencadeamento dos processos de<br />
revitalização urba<strong>na</strong>, como aponta Colombiano (op.cit), revela “a realização de práticas<br />
espaciais em consonância com a conjuntura contemporânea de reestruturação urba<strong>na</strong>” 304 .<br />
Parte-se do entendimento que a Área Central do Rio de Janeiro tem passado por inúmeras<br />
transformações ao longo das duas últimas décadas, sendo que tais mudanças se inserem num<br />
contexto onde:<br />
as áreas centrais de grandes <strong>cidade</strong>s, após período de intensa decadência econômica<br />
e obsolescência de vários de seus espaços, vêm passando por diferentes modos de<br />
intervenção no seu processo de modernização e, conseqüentemente, pela retomada<br />
de sua importância no contexto urbano (MACHADO, 2003, p.41).<br />
Tais transformações no uso social das áreas centrais envolvem a execução de projetos<br />
de preservação e recuperação do conjunto arquitetônico e urbanístico existente; melhor<br />
tratamento dos espaços urbanos com a recuperação/reurbanização de ruas e praças;<br />
implantação de novos usos nestes espaços; e a construção e/ou modernização (inclusive<br />
arquitetônica) de equipamentos culturais de grande porte e novos empreendimentos<br />
comerciais e de serviços avançados – como as torres “inteligentes”.<br />
Sobre a atual hegemonia do capitalismo global, Sánchez (2003) explica:<br />
Um conjunto de orientações estratégicas e de representações que as <strong>cidade</strong>s<br />
legitimam configuram uma agenda urba<strong>na</strong> tor<strong>na</strong>da domi<strong>na</strong>nte <strong>na</strong> virada do século,<br />
[...]. O alcance político dessa agenda pode ser identificado em sua rápida absorção,<br />
em maior ou menor grau, nos atuais projetos de renovação urba<strong>na</strong> em diversas partes<br />
do mundo. [...] Essa identificação [...] dá relevância a<strong>na</strong>lítica à mútua dependência<br />
entre materialização e simbolização, pois essa relação constrói as possibilidades<br />
304 COLOMBIANO, op.cit., p.49.