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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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43<br />

direcio<strong>na</strong>da à transformação da sociedade rural em urba<strong>na</strong> de acordo com as suas<br />

manifestações, tais como: o surgimento de arranha-céus, do metrô, dos grandes armazéns, da<br />

imprensa, da assistência social, ou seja, das grandes transformações <strong>na</strong> vida social.<br />

Em sua obra 69 utiliza estudos estatísticos e sintomáticos para a<strong>na</strong>lisar o crescimento<br />

urbano – seus efeitos, <strong>na</strong>tureza e processos. Desta forma a<strong>na</strong>lisa as alterações <strong>na</strong> estrutura<br />

social a partir do aumento da taxa de crescimento das <strong>cidade</strong>s e aponta as alterações <strong>na</strong><br />

organização social da comunidade como efeitos deste crescimento, e também a <strong>na</strong>tureza e<br />

processos que movem e causam tal crescimento.<br />

Em sua percepção da expansão urba<strong>na</strong> como um crescimento físico, e como um<br />

processo, Burgess percebe a formação de uma Área Metropolita<strong>na</strong> (uma zo<strong>na</strong> urba<strong>na</strong><br />

contínua) com vários núcleos de crescimento interno e aponta a formação de imensas<br />

manchas urba<strong>na</strong>s possibilitadas pelo desenvolvimento dos transportes. Sua formulação de um<br />

modelo concêntrico (Figura 1.2) aponta um processo tipificado de expansão da <strong>cidade</strong><br />

representado por círculos concêntricos desig<strong>na</strong>ndo zo<strong>na</strong>s sucessivas de expansão urba<strong>na</strong> como<br />

tipos de áreas diferenciadas no processo de expansão. O modelo de Burgess representa,<br />

portanto, a construção ideal de tendências de toda <strong>cidade</strong> em sua expansão radial, partindo do<br />

seu distrito central.<br />

Tal modelo compara a comunidade urba<strong>na</strong> aos organismos biológicos que crescem<br />

pelo processo de subdivisão, acarretando no surgimento de áreas especializadas <strong>na</strong>s <strong>cidade</strong>s.<br />

Desta forma, Burgess discute os processos de mudanças urba<strong>na</strong>s e mobilidade, onde a sua<br />

principal hipótese é a de que o processo de expansão seria representado por uma série de<br />

círculos concêntricos.<br />

O modelo concêntrico expressa uma dinâmica social, não se referindo a uma <strong>cidade</strong><br />

estática. Como fruto das idéias da ecologia huma<strong>na</strong>, Burguess descreve a seqüência de<br />

eventos referentes ao crescimento da <strong>cidade</strong>, que se realiza de duas formas: expansão<br />

periférica e crescente concentração inter<strong>na</strong> 70 .<br />

Baseado em estudos empíricos realizados principalmente <strong>na</strong> <strong>cidade</strong> de Chicago,<br />

Burgess definiu zo<strong>na</strong>s concêntricas em torno do núcleo domi<strong>na</strong>nte (C.B.D.- ‘Central<br />

Business District’- Distrito Central de Negócios), situado no ponto de acessibilidade<br />

máxima. Em volta deste, situam-se sucessivas zo<strong>na</strong>s caracterizadas por uma<br />

combi<strong>na</strong>ção específica de usos do solo e densidade: zo<strong>na</strong> atacadista e de<br />

estabelecimentos industriais leves, seguida por uma ‘área de transição’,<br />

correspondente a áreas residenciais antigas deterioradas, envolvida por sua vez por<br />

69 BURGESS, E. W., 1974.<br />

70 ZMITROWICZ, 1977, apud SOUZA, s/d. ZMITROWICZ, Witold. Considerações sobre o conceito de<br />

planejamento. Revista de Planejamento - FAUUSP, São Paulo, n.200, p. 1-60, 1977.

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