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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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que ainda se evidencia acerca dos investimentos no setor é uma queda dos preços do metro<br />

quadrado e a manutenção de salas, andares e, às vezes, edificações inteiras vazias.<br />

O centro comercial do Rio de Janeiro está associado ao centro histórico. Dentro do<br />

centro histórico o comércio se espacializa diferentemente, ou seja, há áreas de maior<br />

heterogeneidade e outras de maior especialização ou seletividade. (...) Ao longo<br />

deste século, as tradicio<strong>na</strong>is ruas do comércio “sofisticado” (Gonçalves Dias e<br />

Ouvidor) continuaram a sua função de atender a uma classe social mais abastada,<br />

que busca a moda <strong>na</strong>s vitrines atualizadas, e foi assim até surgirem as filiais nos<br />

subcentros comerciais. (...) Só <strong>na</strong> segunda metade da década de 90 é que o centro<br />

tradicio<strong>na</strong>l recupera em parte este papel, com a presença de um comércio renovado e<br />

representado por lojas de confecção e boutiques de griffe, no entorno da avenida Rio<br />

Branco em direção ao Castelo (PACHECO, 1999, p.2).<br />

Recentemente, o economista Carlos Lessa 278 tem defendido a revitalização da área<br />

central em várias palestras em entidades profissio<strong>na</strong>is, estabelecimentos públicos e artigos.<br />

Em palestra proferida <strong>na</strong> Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) 279 enfatiza que “a<br />

decadência do centro é mortal para o Rio de Janeiro". Lessa aponta como fatores que<br />

contribuiriam para a degradação: a deficiência nos transportes, a falta de estacio<strong>na</strong>mentos, o<br />

abandono ou subutilização de espaços federais, entre outros. A ênfase <strong>na</strong> recuperação do<br />

bairro relacio<strong>na</strong>-se ao seu papel de “ponto de ligação” entre quase todos os bairros da <strong>cidade</strong><br />

e, âncora de revitalização para os demais bairros centrais ou regiões históricas como Caju,<br />

Santo Cristo, Gamboa, Catumbi e Praça Mauá. Entre as propostas defendidas destacam-se:<br />

a recuperação da Cinelândia, a recuperação do Píer do Rio, o aproveitamento<br />

turístico da Baía de Gua<strong>na</strong>bara, a transformação da linha da central do Brasil em<br />

metrô de superfície, a criação de corredores turísticos que explorem a riqueza<br />

cultural e o patrimônio histórico da <strong>cidade</strong> e a criação de leis que dêem aos<br />

moradores das favelas o título de propriedade do terreno de suas casas 280 .<br />

Robustecer o centro é vital para o Rio de Janeiro. Há muito o que aproveitar, e<br />

também o que projetar e criar, levando em conta o espírito altruísta do cidadão<br />

carioca. Todos os espaços que surgirem com base nesse cálculo atrairão público e<br />

comércio e abrirão brechas para novos empregos e oportunidades. O BNDES se<br />

dispõe a estudar formas de apoio a projetos que visem à recuperação da harmonia da<br />

278 Carlos Lessa é economista e trabalhou <strong>na</strong> Cepal e no BNDES. Professor fundador dos cursos de economia<br />

da Universidade de Campi<strong>na</strong>s e da Universidade Federal Fluminense. Atualmente é professor titular de<br />

economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde exerce o cargo de Decano do Centro de Ciências<br />

Jurídicas e Econômicas.<br />

279 Lessa diz que revitalização do centro é estratégica para o Rio de Janeiro. Associação Comercial do Rio de<br />

Janeiro. Sala de Imprensa . Disponível em < http://www.acrj.org.b> em abril de 2008.<br />

280 Ibid.

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