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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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174<br />

(UniRio), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Universidade do<br />

Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e da <strong>UFRJ</strong>, com a Faculdade Nacio<strong>na</strong>l de Direito, o<br />

Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e a Escola de Enfermagem A<strong>na</strong> Nery, entre<br />

outros.<br />

Rabha (2006), em sua análise comparativa acerca da localização das atividades<br />

culturais no Centro, em 1967 e em 2005, aponta que “a situação do Rio indicava a Área<br />

Central como concentradora das atividades culturais em distintas formas, garantidas não só<br />

por peso do passado histórico, mas ainda por seu papel de “core área” 381 . Segundo a autora, o<br />

poder de atração e irradiação cultural do centro da <strong>cidade</strong> resultou <strong>na</strong> “concentração [em<br />

1967] da maior parte das bibliotecas da <strong>cidade</strong> (100 ocorrências), dos museus (18), das sedes<br />

de editoras (200) e de jor<strong>na</strong>is (33), mas ape<strong>na</strong>s 12 das diversas faculdades superiores<br />

existentes <strong>na</strong> <strong>cidade</strong>”.<br />

A concentração de certas atividades neste período vem ao encontro da necessidade de<br />

<strong>centralidade</strong> pelas atividades de lazer e divulgação cultural, como jor<strong>na</strong>is, revistas, editoras e<br />

estações de rádio (embora tenha se modificado devido ao avanço dos padrões tecnológicos da<br />

indústria gráfica), segundo Duarte (1974). Já as instituições de ensino, <strong>na</strong> busca por<br />

aglomerações, infra-estrutura de transportes e edificações disponíveis, podem se localizar em<br />

outros centros funcio<strong>na</strong>is distantes do centro da <strong>cidade</strong>. Este foi o padrão espacial seguido<br />

pelos estabelecimentos de ensino, como escolas e cursos (preparatórios/línguas) ao longo do<br />

processo de expansão da <strong>cidade</strong>. Até o fi<strong>na</strong>l da década de 1960, eram visíveis os reflexos das<br />

políticas educacio<strong>na</strong>is varguistas do segundo governo (1950-54), em relação às atividades de<br />

ensino: como forma de qualificar a mão-de-obra trabalhadora no processo de industrialização<br />

vigente, instaura-se a federalização do ensino superior, a expansão dos cursos<br />

profissio<strong>na</strong>lizantes e a equivalência destes ao ensino secundário, pressio<strong>na</strong>ndo a entrada de<br />

estudantes no ensino superior.<br />

No setor de ensino eram os cursos avulsos que se destacavam, considerando a<br />

convergência dos transportes e a proximidade do local de trabalho para a<br />

significativa parcela da população que demandavam estes serviços. Eram citados,<br />

aproximadamente, 43 cursos vestibulares, de música ou línguas, levantados pelo<br />

Ministério da Educação e Cultura em 1953. E vale dizer que se isoladamente eram<br />

atividades de peque<strong>na</strong> escala, no conjunto ganhavam significado. As inúmeras<br />

escolas de datilografia chegavam a ter mais de 2.000 alunos, os cursos de<br />

aprendizagem técnica do SENAC mais de 1.500 alunos e as escolas para motoristas,<br />

com média de 100 alunos, proliferavam <strong>na</strong>s ruas de maior movimento (RABHA,<br />

op.cit., p. 283-4).<br />

381<br />

DUARTE, 1967 apud RABHA, 2006, p.282).

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