rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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129<br />
3.1. O “NOVO” E O “VELHO” NA ESTRUTURA URBANA<br />
A Área Central do Rio de Janeiro está inserida <strong>na</strong> Área de Planejamento I (AP−1), que<br />
se consolida como área de negócios e baixo uso residencial 292 . Recentemente, o capital<br />
privado, principalmente o imobiliário, tem investido maciçamente neste espaço, associando<br />
tecnologia e qualidade do ambiente, “cultura & economia”, apropriando-se de uma imagem<br />
que valoriza a aglomeração espacial do “velho & novo”. Este padrão de organização e<br />
utilização do espaço, estimulado pelo capital, se apresenta <strong>na</strong> paisagem da Área Central,<br />
especialmente no centro histórico e seu entorno modernizado.<br />
O centro do Rio de Janeiro possui uma multifuncio<strong>na</strong>lidade em seu conteúdo,<br />
destacando-se a forte presença do comércio e da prestação de serviços, além das funções<br />
residencial e administrativa. Apesar de o uso residencial <strong>na</strong>s últimas décadas ter se reduzido,<br />
há um contingente expressivo de pessoas que ainda habita o Centro 293 . Como sede do poder<br />
municipal, ele abriga repartições de órgãos públicos estaduais e federais, resquícios do fato de<br />
ter sido a antiga capital do país.<br />
A paisagem urba<strong>na</strong> do Centro é marcada por uma grande variedade de formas. Desde<br />
os antigos casarões e os prédios cívicos e culturais, que são verdadeiros monumentos<br />
históricos – o Teatro Municipal, a Biblioteca Nacio<strong>na</strong>l e o Paço Imperial são alguns exemplos<br />
– aos grandes edifícios modernos e pós-modernos, vistos principalmente no centro fi<strong>na</strong>nceiro<br />
representado pela Avenida Rio Branco.<br />
292<br />
Compreende os seguintes bairros: Mangueira, Paquetá, Benfica, Catumbi, Caju, Centro, Cidade Nova,<br />
Estácio, Gamboa, Rio Comprido, Santo Cristo, São Cristóvão, Saúde e Vasco da Gama (PREFEITURA DA<br />
CIDADE DO RIO DE JANEIRO, 2003). PMRJ. Nota Técnica nº 5: Região Centro. Rio Estudos, nº 95, março<br />
de 2003. Disponível em http://www.armazemdedados.rio.rj.gov.br. Acesso em outubro de 2006.<br />
293 “Numa área de 572 ha., território circunscrito da II Região Administrativa, Centro, moram 39.135 pessoas<br />
(Censo 2000). (...) no trecho antigo, fronteiro ao bairro de Santa Teresa, delimitado pela rua do Riachuelo, região<br />
sul da área central, (...) técnicos da municipalidade estudam a possibilidade de criar dois novos bairros,<br />
reconhecendo a evidência de seu uso residencial, ainda que entremeado por diversas outras atividades. Os dados<br />
obtidos por agregação de setores censitários (...) apontam a presença de significativa concentração da população<br />
residente <strong>na</strong> área polarizada pela Lapa e Praça da Cruz Vermelha, entre a rua do Riachuelo e a Frei Caneca, nelas<br />
incluída o único setor que reteve o conceito residencial no próprio nome, o bairro de Fátima. Uma observação<br />
mais apurada do restante da área demonstra uma distribuição bastante rarefeita, com maior concentração ape<strong>na</strong>s<br />
no setor censitário que cobre os edifícios construídos no início dos anos cinqüenta <strong>na</strong> Presidente Vargas, o<br />
conhecido conjunto “Balança mas não cai”, onde moram 1.004 pessoas em 423 domicílios. (...) Na área mais<br />
central e <strong>na</strong>s bordas da baía de Gua<strong>na</strong>bara ainda é encontrada alguma ocupação de caráter residencial, desta vez<br />
em prédios mistos (...) Trechos bem localizados, dotados de boa vizinhança ou próximos ao antigo Se<strong>na</strong>do ou<br />
Câmara dos Deputados correspondem a estes casos, sendo ainda encontrados <strong>na</strong> avenida Beira Mar, bem como<br />
<strong>na</strong> região do Castelo ou <strong>na</strong> própria Rio Branco, neste caso mais residual, como nos edifícios Marquês de Herval<br />
(Rio Branco 185), Brasília (Rio Branco 311) ou o Santos Vahlis (Se<strong>na</strong>dor Dantas 117)”(RABHA, 2006, p.343-<br />
45).