05.03.2014 Views

rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

33<br />

Estes tipos de interações apresentam variações <strong>na</strong> sua <strong>na</strong>tureza, intensidade e<br />

freqüência de ocorrência, ou seja, variam conforme a distância e direção, propósitos, podendo<br />

se realizar através de diversos meios e velo<strong>cidade</strong>s 44 .<br />

No entanto, as interações espaciais devem ser vistas como parte integrante da<br />

existência (e reprodução) e do processo de transformação social e não como puros e<br />

simples deslocamentos de pessoas, mercadorias, capital e informação no espaço. No<br />

que se refere à existência e reprodução social, as interações espaciais refletem as<br />

diferenças de lugares face às necessidades historicamente identificadas. No que<br />

concerne às transformações, as interações espaciais caracterizam-se,<br />

preponderantemente, por uma assimetria, isto é, por relações que tendem a favorecer<br />

um lugar em detrimento do outro, ampliando às diferenças já existentes, isto é,<br />

transformando os lugares (Ibid., p. 279 - 280).<br />

A análise dos tipos de fluxos que se realizam <strong>na</strong> área central do Rio de Janeiro ao<br />

longo da história pode auxiliar a compreensão quanto ao seu papel atual e ao sentido de<br />

<strong>centralidade</strong> atribuído pelos diferentes atores sociais. Assim, ela aponta a apropriação da área<br />

central como “um local privilegiado” – “seja pelo seu papel simbólico seja por sua relevância<br />

funcio<strong>na</strong>l, econômica ou política” – útil para a implementação de políticas públicas ligadas ao<br />

turismo cultural e ações privadas ligadas ao comércio, serviços e moradia. Observa-se,<br />

atualmente, uma nítida relação entre os projetos do poder público/privado e a criação e/ou<br />

afirmação de <strong>centralidade</strong>s 45 .<br />

1.2. A DINÂMICA DOS CENTROS URBANOS: DEFINIÇÕES, NOÇÕES E<br />

CONCEITOS<br />

A questão da <strong>centralidade</strong> em geral, da <strong>centralidade</strong> urba<strong>na</strong> em particular, não é das<br />

mais fáceis, ela atravessa toda a problemática do espaço (...). Cada época, cada<br />

modo de produção, cada sociedade particular engendrou (produziu) sua <strong>centralidade</strong>:<br />

centro religioso, político, comercial, cultural, industrial, etc. Em cada caso, a relação<br />

entre a <strong>centralidade</strong> mental e a <strong>centralidade</strong> social está para ser definida<br />

(LEFEBVRE, 1974 46 apud SILVEIRA, op.cit., p.33)<br />

Na reflexão a respeito da configuração sócio-espacial da área central alguns eixos de<br />

análise se afiguram relevantes. Assi<strong>na</strong>la-se a importância da área central enquanto localização<br />

<strong>na</strong> estrutura urba<strong>na</strong> e, assim, os processos sociais expressos <strong>na</strong> sua espacialidade. Para tal,<br />

44 CORRÊA, 1997.<br />

45 SILVEIRA, op.cit., p.18/36.<br />

46 LEFEBVRE, Henri. L’ Espace contraditoire. In: La production de l’espace. Paris: Éditions Anthropos, 1974.<br />

p. 383.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!