rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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Ao concluir este quadro de interpretações sobre a configuração da <strong>centralidade</strong> <strong>na</strong><br />
<strong>cidade</strong> do Rio de Janeiro e sua dinâmica recente, manifesta-se a necessidade de explicação<br />
acerca das lógicas de significação e redefinição que participam do processo de retomada do<br />
centro <strong>na</strong>s últimas décadas. Como aponta Rabha (2006) a respeito deste debate sobre os<br />
centros urbanos:<br />
Para o lugar que foi o ‘centro da <strong>cidade</strong>’, é preciso conhecer as configurações do que<br />
hoje se apresenta como uma ‘<strong>centralidade</strong> em xeque’. Vale dizer, buscar conhecer<br />
numa <strong>cidade</strong>-mosaico, formada por fragmentos sem identidade ou em permanente<br />
construção de identidades, que impactos ocorrem <strong>na</strong> antiga área central decorrentes<br />
do crescimento, da expansão, das mudanças tecnológicas, das forças do mercado<br />
imobiliário que promovem uma incessante busca por inovação, por novas formas e<br />
novos lugares. Ou compreender como a antiga <strong>centralidade</strong> possa ser transformada,<br />
<strong>na</strong> contramão de toda sua intencio<strong>na</strong>l produção, em lugar de moradia ou como a<br />
localização que negou a mistura de usos e a própria urbanidade modifique sua<br />
singela proposta de agreste espetáculo da <strong>na</strong>tureza em centro de serviços. O<br />
reconhecimento efetivo das situações que se processam <strong>na</strong> área central coloca-se<br />
como instrumental necessário à compreensão do processo de mudanças que altera os<br />
si<strong>na</strong>is emitidos ao longo da história de construção da <strong>cidade</strong>, para daí compreender<br />
sentidos e resultados (ibid. p.206-7).<br />
Concluindo, vale registrar que este capítulo examinou o processo de estruturação da<br />
Área Central, desde a sua formação a partir do século XIX até o contexto metropolitano.<br />
Verificou-se a produção do espaço da área central e suas formas de articulação com os demais<br />
elementos da estrutura intra-urba<strong>na</strong>. Desta maneira, acredita-se que este exercício teóricometodológico<br />
tenha deixado claro os diferentes atores e as práticas de interesses distintos,<br />
envolvidos <strong>na</strong>s lógicas de organização da sua espacialidade ao longo do tempo.