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rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ

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Como no Brasil os tributos são regidos por legislação federal – Código Tributário<br />

Nacio<strong>na</strong>l –, o IPTU não permite uma desti<strong>na</strong>ção específica. Sendo assim, a viabilização da<br />

ARE depende de lei municipal e de emenda constitucio<strong>na</strong>l para a criação de uma nova tarifa<br />

municipal temporária e obrigatória por parte de comerciantes das regiões “privilegiadas” pelo<br />

projeto. A arrecadação seria feita pela Prefeitura de forma a custear, segundo a ACRJ,<br />

reformas, eventos, segurança, limpeza e ações sociais <strong>na</strong> área comercial da ARE e, assim,<br />

promover a “revitalização” do centro da <strong>cidade</strong>. A diferença do BID ou da ARE para uma<br />

associação comercial está <strong>na</strong> obrigatoriedade por lei do pagamento da taxa. Na Sociedade de<br />

Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (SAARA), as contribuições por parte dos seus<br />

membros são voluntárias.<br />

Para implantar o sistema, empresários e donos de imóveis de uma área geográfica a ser<br />

delimitada manifestam seu interesse e aprovam um estatuto para o funcio<strong>na</strong>mento da ARE.<br />

No entanto, caso algum empresário não queira pagar o tributo, o projeto da ACRJ prevê a<br />

necessidade de aprovação de 70% dos proprietários de imóveis da região. Segundo a<br />

assessoria da ACRJ, tal percentual pode variar em níveis menores de aprovação e mesmo<br />

assim ser aceito.<br />

Com o discurso da promoção do desenvolvimento econômico da <strong>cidade</strong> e do país, e o<br />

objetivo de “emplacar no centro da <strong>cidade</strong> o conceito dos BIDs”, a Associação Comercial do<br />

Rio (ACRJ), desde 2007, tem firmado parcerias público-privadas a fim de consolidar o<br />

projeto da ARE, mobilizando a Câmara dos Vereadores, o Governo do Estado, a<br />

Subprefeitura do Centro, a Prefeitura e o Ministério das Cidades.<br />

O projeto piloto do primeiro BID brasileiro, com previsão de início da execução para o<br />

ano de 2009, deverá ser implantado <strong>na</strong> região da Avenida Chile, no Centro do Rio, em ruas ou<br />

quarteirões que abrigam sedes de grandes empresas, “para efeito de demonstração às demais<br />

regiões do estado e até mesmo do País, por condensarem um menor número de corporações<br />

com maior representatividade territorial”.<br />

[...] deve contemplar parte da Avenida Chile, no Centro do Rio, onde estão<br />

instaladas a Petrobras, o Banco Nacio<strong>na</strong>l de Desenvolvimento Econômico e Social<br />

(BNDES) e a Tishman. A ACRJ vai auxiliar os empresários <strong>na</strong> delimitação da área,<br />

cálculo de custos e definição dos problemas a serem enfrentados, como ilumi<strong>na</strong>ção,<br />

si<strong>na</strong>lização, segurança e presença de moradores de rua. ‘A idéia é mostrar a<br />

viabilidade econômica desse tipo de iniciativa para que ela seja replicada em outros<br />

locais. Estamos cansados de iniciativas sem continuidade e o BID é um modelo<br />

comprovadamente sustentável [...]. A criação dos BIDs é benéfica para os<br />

empresários, mas também para os municípios e para a sociedade. Ocorrem a

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