rachel freire barrón torrez centralidade na cidade ... - Ippur - UFRJ
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1889 - com a <strong>cidade</strong> do Rio de Janeiro tor<strong>na</strong>ndo-se Distrito Federal, sede do governo e capital<br />
da República - soma-se uma “nova ordem urba<strong>na</strong>” amparada pelas elites, orientando a<br />
modificação no perfil das <strong>cidade</strong>s de acordo com o processo de industrialização periférico<br />
(OLIVEIRA, 1982). Nesse contexto, a preocupação do Estado era resolver o “caos e a<br />
desordem” e promover a cooperação urba<strong>na</strong>.<br />
“A realidade espacial – o espaço – é, sem dúvida, a expressão dos processos<br />
econômico-espaciais que atuam sobre determi<strong>na</strong>do território, e as políticas públicas<br />
integram esses processos. (...) O espaço integra, pois, a dinâmica do processo<br />
espacial, da qual resultam a organização do território e configurações espaciais<br />
específicas. Configurações espaciais que correspondem às diferentes formas de<br />
organização sociais no decorrer desse processo e são, ao longo do tempo,<br />
modificadas tanto pelos vários agentes que nela interferem quanto por seu próprio<br />
di<strong>na</strong>mismo interno” (BERNARDES, 1986, p.84)<br />
Segundo Ber<strong>na</strong>rdes, a ação do poder público contribuiu para alterar a estruturação do<br />
território. O planejamento urbano surge no Brasil como fruto de uma articulação de ações e é<br />
considerado instrumento estatal no processo político, econômico e social. Assim, o poder<br />
político passa a orde<strong>na</strong>r o território mantendo o planejamento a serviço do desenvolvimento<br />
econômico por suposto, capitalista.<br />
2.1.1. As reformas urbanísticas que marcaram a evolução urba<strong>na</strong> do Centro<br />
O estudo da evolução das intervenções urbanísticas nos centros urbanos permite<br />
diferenciá-las por períodos que se caracterizam pela <strong>na</strong>tureza de seus objetivos e [...]<br />
pelos resultados obtidos [...] objetivos que partem de ideologias e paradigmas de<br />
desenvolvimento urbano [...] que passam a moldar a própria realidade (DEL RIO,<br />
op.cit., p.55).<br />
Segundo Leme (1999), o período de 1895-1930, que antecede o período Vargas (1930-<br />
1950), tem <strong>na</strong> prática das intervenções urba<strong>na</strong>s a característica dos melhoramentos pontuais<br />
<strong>na</strong> <strong>cidade</strong>. Para Ribeiro & Cardoso (1996), “ao longo da Primeira República, as intervenções<br />
<strong>na</strong> <strong>cidade</strong> não configuram exatamente o modelo do plano urbanístico, já que, em geral, não<br />
consideram a <strong>cidade</strong> <strong>na</strong> sua totalidade” 174 . A estética é vinculada à saúde. A <strong>cidade</strong> é<br />
“melhorada” <strong>na</strong>s dimensões do saneamento, embelezamento e expansão. São destacadas a<br />
Reforma Passos (1902-1906) e o Plano Agache (década de 1920).<br />
174<br />
RIBEIRO; CARDOSO, 1996, p.58.