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Diretoria da EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado do Rio ...

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Alienação Parental<br />

(uma visão jurídico-filosófico-psicológica)<br />

Luiz Guilherme Marques<br />

Juiz <strong>de</strong> Direito - TJEMG<br />

Marisa Macha<strong>do</strong> Alves <strong>do</strong>s Santos<br />

psicóloga<br />

A alienação parental é conceitua<strong>da</strong> no art. 2º <strong>da</strong> Lei 12.318/2010:<br />

Consi<strong>de</strong>ra-se ato <strong>de</strong> alienação parental a interferência na formação<br />

psicológica <strong>da</strong> criança ou <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente promovi<strong>da</strong><br />

ou induzi<strong>da</strong> por um <strong>do</strong>s genitores, pelos avós ou pelos que tenham<br />

a criança ou a<strong>do</strong>lescente sob a sua autori<strong>da</strong><strong>de</strong>, guar<strong>da</strong><br />

ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo<br />

ao estabelecimento ou à manutenção <strong>de</strong> vínculos com este.<br />

Com as separações/divórcios, muitos ex-cônjuges utilizam a maleabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

psicológica <strong>do</strong>s próprios filhos como “arma” para atingir o outro<br />

ex-parceiro, trata<strong>do</strong> como “inimigo” e passan<strong>do</strong> a ser visto pelos filhos<br />

como tal.<br />

O i<strong>de</strong>al é tentar suavizar a animosi<strong>da</strong><strong>de</strong> cria<strong>da</strong> entre os personagens,<br />

esclarecen<strong>do</strong>-os sobre a naturali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> rumos ínsita<br />

na liber<strong>da</strong><strong>de</strong> garanti<strong>da</strong> por to<strong>do</strong>s os or<strong>de</strong>namentos jurídicos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />

civiliza<strong>do</strong> bem como pela Ética e pela Religião.<br />

O misoneísmo tem feito com que muita gente se apegue aos<br />

padrões <strong>do</strong> passa<strong>do</strong> e consi<strong>de</strong>re a própria liber<strong>da</strong><strong>de</strong> como um crime ou<br />

um <strong>de</strong>sajuste, que <strong>de</strong>ve ser cercea<strong>do</strong> e puni<strong>do</strong>.<br />

O diálogo <strong>do</strong> juiz, advoga<strong>do</strong> e promotor <strong>de</strong> justiça com as partes<br />

po<strong>de</strong> ajudá-las a aceitar como saudável a manutenção <strong>da</strong> amiza<strong>de</strong> em<br />

lugar <strong>da</strong>s intermináveis disputas, engendra<strong>da</strong>s pela <strong>de</strong>sinformação e<br />

intransigência.<br />

O problema não <strong>de</strong>ve ser minimiza<strong>do</strong>, mas sim entendi<strong>do</strong> como<br />

uma <strong>da</strong>s mais importantes contribuições <strong>da</strong> Justiça para a boa harmonia<br />

social.<br />

R. <strong>EMERJ</strong>, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, v. 14, n. 56, p. 173-178, out.-<strong>de</strong>z. 2011 173

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