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Diretoria da EMERJ - Emerj - Tribunal de Justiça do Estado do Rio ...

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que se vem afirman<strong>do</strong> sobre a correta exegese <strong>do</strong> enuncia<strong>do</strong><br />

n. 456 <strong>da</strong> sumula<strong>da</strong> jurisprudência <strong>do</strong>minante <strong>do</strong> STF.<br />

Isso garante ao STF plena liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para analisar a questão <strong>de</strong> constitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

no plano abstrato, sem estar adstrito às causas elenca<strong>da</strong>s<br />

pelas partes, o que comprova que o recurso extraordinário aten<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

forma eficiente a sua vocação <strong>de</strong> pacificação <strong>da</strong> interpretação <strong>da</strong> norma<br />

Constitucional.<br />

Reforçan<strong>do</strong> essa característica <strong>de</strong> objetivação <strong>do</strong> recurso extraordinário,<br />

afirma Fredie Didier 7 :<br />

O TSE, diante <strong>de</strong>sse julgamento, conferin<strong>do</strong>-lhe eficácia erga<br />

omnes, (nota-se que se trata <strong>de</strong> um julgamento em recurso<br />

extraordinário, controle difuso, pois), editou a resolução n.<br />

21.702/2004, na qual a<strong>do</strong>tou o posicionamento <strong>do</strong> STF. Essa<br />

resolução foi alvo <strong>de</strong> duas ações diretas <strong>de</strong> inconstitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(3.345 e 3.365), relator Ministro Celso <strong>de</strong> Mello, que<br />

foram rejeita<strong>da</strong>s, sob o argumento <strong>de</strong> que o TSE, ao expandir<br />

a interpretação constitucional <strong>de</strong>finitiva <strong>da</strong><strong>da</strong> pelo STF,<br />

guardião <strong>da</strong> constituição, submeteu-se ao princípio <strong>da</strong> força<br />

normativa <strong>da</strong> Constituição. Aqui, mais uma vez, aparece o fenômeno<br />

ora comenta<strong>do</strong>: uma <strong>de</strong>cisão proferi<strong>da</strong> pelo STF em<br />

controle difuso passa a ter eficácia erga omnes, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong><br />

a causa <strong>da</strong> edição <strong>de</strong> uma resolução <strong>do</strong> TSE (norma geral)<br />

sobre a matéria.<br />

A Ministra Ellen Gracie assim se manifestou ao admitir o recurso<br />

extraordinário mesmo sem o cumprimento <strong>do</strong> requisito <strong>do</strong> prequestionamento,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a transformação <strong>da</strong>quele em remédio <strong>de</strong> controle<br />

abstrato <strong>de</strong> constitucionali<strong>da</strong><strong>de</strong>, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> maior <strong>de</strong> conferir efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ao posicionamento <strong>do</strong> STF 8 :<br />

Com efeito, o Supremo <strong>Tribunal</strong> Fe<strong>de</strong>ral, em recentes julgamentos,<br />

vem <strong>da</strong>n<strong>do</strong> mostras <strong>de</strong> que o papel <strong>do</strong> recurso extraordinário<br />

na jurisdição constitucional está em processo <strong>de</strong> re<strong>de</strong>finição,<br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a conferir maior efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> às <strong>de</strong>cisões.<br />

7 DIDER JUNIOR, op. cit. p. 327 e 328.<br />

8 A transcrição <strong>do</strong> voto proferi<strong>do</strong> pela Ministra Ellen Gracie nos autos <strong>do</strong> Agravo <strong>de</strong> instrumento n. 375.011 se<br />

encontra no Informativo <strong>de</strong> Jurisprudência <strong>do</strong> Supremo <strong>Tribunal</strong> Fe<strong>de</strong>ral, número 365, disponível no site http://<br />

www.stf.jus.br//arquivo/informativo/<strong>do</strong>cumento/informativo365.htm. Acesso em 04/05/2011.<br />

R. <strong>EMERJ</strong>, <strong>Rio</strong> <strong>de</strong> Janeiro, v. 14, n. 56, p. 193-205, out.-<strong>de</strong>z. 2011 197

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