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sheilla borges dourado - uea - pós graduação

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22internacional. Igualmente não será analisado o conteúdo da legislação vigente ou daspropostas de normas conhecidas até o ano de 2008 - como o texto do anteprojeto de leisobre acesso e uso de recursos genéticos e conhecimentos tradicionais associados -, senãoestritamente o que for considerado relevante para os objetivos deste trabalho.Interessa especialmente nesta pesquisa analisar as formas pelas quais os povosindígenas estão participando do debate em torno dos conhecimentos tradicionaisassociados à biodiversidade e como vêm se colocando frente ao Estado, considerando ocontexto econômico brasileiro em que as iniciativas governamentais fomentam odesenvolvimento da biotecnologia.O Estado, por sua vez, ocupa lugar privilegiado no campo político. Ele é possuidorde um “metacapital”, é o agente que exerce, por excelência, a concentração e o exercíciodo poder e da violência simbólicos (BOURDIEU, 1997, p. 107). O Estado é o produtor dodireito e conta com este instrumento para exercer a dominação sobre a sociedade. Naspalavras de Bourdieu:O Estado é resultado de um processo de concentração de diferentes tipos decapital, capital de força física ou de instrumentos de coerção (exército, polícia),capital econômico, capital cultural, ou melhor, de informação, capital simbólico,concentração que, enquanto tal, constitui o Estado como detentor de umaespécie de metacapital, com poder sobre os outros tipos de capital (que vai juntocom a construção dos diversos campos correspondentes) leva, de fato, àemergência de um capital específico, propriamente estatal, que permite aoEstado exercer um poder sobre os diversos campos e sobre os diferentes tiposespecíficos de capital, especialmente sobre as taxas de câmbio entre eles (e,concomitantemente, sobre as relações de força entre seus detentores). Segue-seque a construção do Estado está em pé de igualdade com a construção do campodo poder, entendido como o espaço de jogo no interior do qual os detentores decapital (de diferentes tipos) lutam particularmente pelo poder sobre o Estado,isto é, sobre o capital estatal que assegura o poder sobre os diferentes tipos decapital e sobre sua reprodução (notadamente por meio da instituição escolar)(BOURDIEU, 1997, p. 99).Esse mesmo Estado, além da função de regulador, como produtor de normasjurídicas vinculantes, é também interventor na economia com medidas de estímulo, decorreção e de controle da economia de mercado. Desde o nascimento da sociedade de

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