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sheilla borges dourado - uea - pós graduação

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23mercado no século XVIII, a sua manutenção depende do Estado como instituiçãofundamental.A seguir, é apresentada uma descrição do contexto econômico em que se dá oprocesso atual de regulação jurídica dos conhecimentos tradicionais associados àbiodiversidade, em que o Estado aparece como um “acelerador” da economia.Valoração econômica dos conhecimentos tradicionais associados à biodiversidadeNa década de 80, as imagens de desmatamento acelerado da Amazônia alarmaramo mundo todo 22 . As queimadas representavam a perda da riqueza biológica da florestatropical antes mesmo que ela fosse estudada e conhecida. Segundo Laymert Garcia Santos,os especialistas - biólogos, botânicos e zoólogos – passaram então a advertir que, além dosvalores científico, estético e ético da biodiversidade, sua perda afetava imediatamente obem-estar material das pessoas em toda parte. Dessa forma, foi construída a idéia dautilidade da biodiversidade. Segundo o autor, uma dessas “utilidades” dizia respeito àspossibilidades de tornar a floresta uma fonte de riqueza farmacológica, tendo em vista queum quarto dos produtos vendidos nas farmácias é fabricado a partir de materiais extraídosde plantas tropicais. Assim, nas palavras do sociólogo, “a ênfase no valor medicinal dabiodiversidade tornou-se uma constante nas advertências dos experts” (SANTOS, 2006, p.18).A discussão atual sobre conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade noBrasil e no mundo tem priorizado como objeto aqueles conhecimentos que interessamprincipalmente às indústrias farmacêutica e cosmética, que apresentem possibilidades de22 As primeiras imagens de queimadas da Amazônia veiculadas na Europa foram as contidas no filme“Iracema, uma transa amazônica”, filmado em 1976 por Jorge Bodansky para um programa de televisãoalemã. Cf. Jorge Bodansky na Oficina de Audiovisual realizada no PPGDA/UEA, Manaus-AM, nos dias 10 e11 de novembro de 2008.

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