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Construção do conhecimento agroecológico - Ministério do ...

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A perspectiva meto<strong>do</strong>lógica a<strong>do</strong>tada foi a da formação na ação, em que<br />

a construção coletiva <strong>do</strong> <strong>conhecimento</strong> se dá por meio de processos contínuos<br />

de ação-reflexão-ação, partin<strong>do</strong> sempre <strong>do</strong> saber <strong>do</strong>s agricultores. As<br />

decisões a serem tomadas nas áreas de experimentação também são discutidas<br />

em conjunto com os agricultores <strong>do</strong> AEMSAS e técnicos <strong>do</strong> CAT. Isso<br />

faz com que se reflita e se critique construtivamente as ações, crian<strong>do</strong> momentos<br />

ricos de debates e aprendiza<strong>do</strong>s.<br />

Os encontros e atividades/mutirões <strong>do</strong> grupo são realiza<strong>do</strong>s sempre<br />

nas comunidades/assentamentos, onde estão situa<strong>do</strong>s os experimentos, o<br />

que contribui para a divulgação e a ampliação <strong>do</strong>s sistemas <strong>agroecológico</strong>s<br />

locais. Na maioria das vezes, as intervenções necessárias são feitas consideran<strong>do</strong><br />

o desenvolvimento <strong>do</strong> sistema, as chuvas, a época <strong>do</strong> ano e a<br />

garantia da máxima participação <strong>do</strong> grupo, o que muitas vezes não é fácil.<br />

Além disso, foram promovidas várias visitas e trocas de experiências junto<br />

a diversos experimentos na Zona da Mata, de Minas Gerais, na Bahia e no<br />

Espírito Santo, sempre na perspectiva de trazer críticas para a realidade <strong>do</strong><br />

Rio Doce e não para copiar o que era observa<strong>do</strong>.<br />

A estratégia meto<strong>do</strong>lógica<br />

As janelas de 314m² são iniciadas por meio de visitas <strong>do</strong> grupo a diferentes<br />

áreas. A partir disso, a área experimental é medida e marcada, discute-se<br />

o seu desenho ten<strong>do</strong> em vista as características <strong>do</strong> local e definem-se<br />

as espécies a serem introduzidas. Para a definição dessas espécies, leva-se<br />

em conta o objetivo <strong>do</strong> experimenta<strong>do</strong>r para o uso daquela área e a facilidade<br />

em se conseguir determinada espécie. A implantação <strong>do</strong>s experimentos<br />

é feita, de preferência, no início das chuvas, sempre em mutirões e com<br />

a presença <strong>do</strong> máximo possível de pessoas <strong>do</strong> grupo, de mo<strong>do</strong> que se obtenham<br />

melhores resulta<strong>do</strong>s e sejam geradas questões para discussão.<br />

O acompanhamento das experiências é feito e relata<strong>do</strong> por meio de<br />

visitas <strong>do</strong> grupo aos experimentos, seminários nas comunidades e observações<br />

<strong>do</strong>s próprios experimenta<strong>do</strong>res em suas janelas. Entretanto, esse<br />

acompanhamento hoje se apresenta como uma dificuldade, uma vez que<br />

não se conseguiu elaborar uma forma simples e eficiente de monitorar os<br />

experimentos.<br />

Em 2002, um projeto realiza<strong>do</strong> por uma parceria entre o CAT e a Universidade<br />

Vale <strong>do</strong> Rio Doce (Univale) definiu indica<strong>do</strong>res para se realizar<br />

um monitoramento e acompanhamento <strong>do</strong>s experimentos. Com a ajuda de<br />

um caderno e algumas tabelas, os da<strong>do</strong>s eram sistematicamente anota<strong>do</strong>s<br />

<strong>Construção</strong> <strong>do</strong> Conhecimento Agroecológico 161

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