Construção do conhecimento agroecológico - Ministério do ...
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sões vividas no dia-a-dia. No decorrer <strong>do</strong> processo, tais questões devem<br />
ser abordadas mais diretamente, crian<strong>do</strong> situações que levem ao<br />
amadurecimento <strong>do</strong> grupo. Os conflitos muitas vezes precisam aflorar<br />
para que haja um amadurecimento e enriquecimento sobre essas<br />
temáticas.<br />
Quan<strong>do</strong> parceiros ou assessores externos forem participar de alguma<br />
fase no processo de formação, é necessário contextualizá-los sobre<br />
objetivos, desenvolvimento e contexto <strong>do</strong> programa e <strong>do</strong> grupo naquele<br />
momento, fazen<strong>do</strong> com que se insiram melhor no processo e que<br />
a experiência seja valiosa para as duas partes. É fundamental também<br />
que a coordenação <strong>do</strong> programa e assessores ou parceiros construam<br />
juntos a meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> encontro a ser realiza<strong>do</strong>, visan<strong>do</strong> a harmonia<br />
na equipe e evitan<strong>do</strong> problemas durante o evento.<br />
A experimentação exige autonomia. As maiores dificuldades são a falta<br />
de terra própria, de mão-de-obra e de recursos financeiros para investir.<br />
O programa deve pensar em como dar apoio e orientar a experimentação.<br />
A impossibilidade de praticar a Agroecologia pode gerar<br />
frustração nos(as) monitores(as). Diante disso, um aporte inicial de<br />
recursos financeiros e/ou sementes e mudas pode impulsionar a realização<br />
da experimentação, especialmente no caso de jovens e mulheres,<br />
que muitas vezes têm limites de autonomia financeira e falta de<br />
apoio familiar para implementar mudanças na propriedade.<br />
A experimentação deve contar com a troca de experiências. As visitas<br />
de acompanhamento aos experimentos <strong>do</strong>s(as) monitores(as) devem<br />
procurar envolver a família, sensibilizan<strong>do</strong>-a para a importância da<br />
experimentação e <strong>do</strong> processo de formação. Tais visitas devem ser realizadas<br />
periodicamente e ter um caráter participativo de construção de<br />
<strong>conhecimento</strong>s e motivação entre agricultores(as) e técnicos(as) na<br />
busca de soluções. A experimentação deve ser planejada de acor<strong>do</strong><br />
com as condições materiais e pessoais de que dispõe o(a) monitor(a) e<br />
feita aos poucos, primeiramente em pequenas parcelas da propriedade.<br />
A difusão também deve ter um caráter de construção coletiva de <strong>conhecimento</strong>s.<br />
Ela é influenciada pelo perfil e disponibilidade <strong>do</strong>s(as)<br />
monitores(as), pelo seu comprometimento ou não com a comunidade,<br />
pelas questões de gênero e geração (especialmente quan<strong>do</strong> são jovens<br />
mulheres), pelo apoio financeiro e político <strong>do</strong>s parceiros locais e pela<br />
dinâmica social local (cultura, receptividade da comunidade, organização<br />
<strong>do</strong>s agricultores(as) no município, etc.). Cada caso é um caso e,<br />
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<strong>Construção</strong> <strong>do</strong> Conhecimento Agroecológico