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Construção do conhecimento agroecológico - Ministério do ...

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lítica pública universal é um equívoco. A partir de nossa trajetória, temos<br />

constata<strong>do</strong> a dificuldade que é transpor a lógica de um projeto que se<br />

realiza numa escala menor para uma escala maior. Outra dificuldade está<br />

relacionada à adaptação de um modelo de formação multidisciplinar para<br />

uma estrutura fragmentada <strong>do</strong> poder público. O que fica claro com essa<br />

reflexão é a necessidade de desenvolver novas estratégias que nos permitam<br />

mostrar a viabilidade de nossas propostas enquanto alternativas para<br />

a construção de políticas públicas.<br />

b) A relação com poder público<br />

É importante trilhar caminhos para que uma experiência local de formação<br />

no campo de SAN possa interferir no desenho de programas governamentais,<br />

por meio da abertura de novas frentes de diálogo com diversos setores e instâncias<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (regional, estadual, nacional). Nesse processo de diálogo e<br />

articulação, as ferramentas de comunicação social têm bastante utilidade, pois<br />

as mesmas aumentam a credibilidade <strong>do</strong> trabalho desenvolvi<strong>do</strong> e <strong>do</strong>s seus<br />

resulta<strong>do</strong>s perante os diversos âmbitos de poder público.<br />

c) A sustentabilidade socioambiental e econômica <strong>do</strong>s processos locais<br />

Podemos perceber que os agentes comunitários ocupam um lugar importante<br />

no desenho <strong>do</strong>s projetos locais. Porém, ao basear uma estratégia<br />

de ação no protagonismo das comunidades, devemos questionar a sustentabilidade<br />

socioambiental e econômica da proposta. A partir de nossa experiência,<br />

temos verifica<strong>do</strong> que várias pessoas capacitadas nos processos<br />

locais acabam aban<strong>do</strong>nan<strong>do</strong> o trabalho comunitário em função de oportunidades<br />

de empregos formais e informais, ainda que em sua maioria rendam<br />

baixos salários. Isso nos leva ao seguinte questionamento: como o<br />

trabalho das(<strong>do</strong>s) agentes locais de desenvolvimento deve ser financia<strong>do</strong>?<br />

A estratégia utilizada em nosso projeto de formação, a de garantir uma<br />

ajuda de custos para viabilizar o trabalho <strong>do</strong>s(as) educa<strong>do</strong>res(as) e assessores<br />

comunitários, funcionou durante um certo perío<strong>do</strong> de tempo, mas<br />

não representa uma solução definitiva. Consideran<strong>do</strong> que os recursos humanos<br />

são o alicerce <strong>do</strong>s processos educativos e organizativos, é necessário<br />

pensar em alternativas que possam garantir o envolvimento de agentes<br />

comunitários de forma continuada, sem criar laços de dependência.<br />

Essa reflexão é fundamental inclusive para orientar o desenho <strong>do</strong>s programas<br />

governamentais, sen<strong>do</strong> nosso objetivo justamente contribuir para<br />

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<strong>Construção</strong> <strong>do</strong> Conhecimento Agroecológico

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