28.05.2013 Views

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong><br />

são capazes de protegê-lo. Talvez por isso é que, hoje, no esforço de alimentar a<br />

identidade étnica, os Krenak rejeitem a presença missionária na área.<br />

Observe que eles atribuem poderes a um símbolo cristão, mas ao mesmo tempo o<br />

consideram profano, desencantador do seu mundo espiritual, certamente, por se tratar de<br />

um símbolo não-indígena. O próprio catolicismo regional é também um pouco sincretista e<br />

pode ser que por isto não tenha feito muito sentido para os Krenak. Mas a apresentação de<br />

um evangelho supracultural, que não é propriedade dos kraí nem dos burúm, que não pode<br />

ser “desencantado” por nada, talvez cause interesse neste povo que traz no coração uma<br />

grande expectativa pelo sagrado.<br />

4.2.4. POSSIBILIDADES DE INTEGRAÇÃO COM IGREJAS<br />

DENOMINACIONAIS NÃO INDÍGENAS<br />

Há várias possibilidades de integração com igrejas da região, inclusive, algumas<br />

podem até apoiar missionários. A cidade de Resplendor é bastante evangelizada, tendo três<br />

grandes Igrejas Presbiterianas do Brasil, três Assembléias de Deus, duas Metodistas, três<br />

Batistas e outras três igrejas pentecostais de menor porte. É possível trabalhar em parceria<br />

com as presbiterianas, assembléias e metodistas, e talvez, também com as batistas. A<br />

Primeira Presbiteriana é atualmente pastoreada pelo Rev. João Batista Landim, que tem<br />

interesse em atuar entre os Krenak.<br />

Entretanto, seja qual for a igreja alvo de integração, faz-se necessário um sério<br />

trabalho de conscientização, pois dado ao histórico impasse entre indígenas e população<br />

regional, as igrejas não se sentem desafiadas a um trabalho entre os Krenak. Há<br />

discriminação também por parte de evangélicos.<br />

4.2.5. POSSÍVEIS PROJETOS MISSIONÁRIOS<br />

Qualquer projeto de trabalho entre os Krenak será passivo de resistência, mas sem<br />

um projeto que envolva algum tipo de assistencialismo, será ainda mais difícil conseguir<br />

trabalhar com eles. Qualquer abertura para alguém atuar na reserva, será motivada pelo que<br />

eles irão receber em troca.<br />

4.2.5.1. SAÚDE<br />

92

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!