28.05.2013 Views

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

5. Catinguinha<br />

6. Imbaúba<br />

7. Itacarambizinho<br />

8. Itapicurú<br />

13. Prata<br />

14. Rancharia<br />

15. Riachão<br />

16. Riachinho<br />

<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong><br />

21. São Domingos<br />

22. Sapé<br />

23. Sumaré<br />

Apesar de várias tentativas de expulsão e invasão territorial por parte da sociedade<br />

envolvente, temos no caso dos Xacriabá uma ocupação ininterrupta da área desde a<br />

chegada dos colonizadores. Desta forma, o índice de migração não é tão elevado, a não ser<br />

nos casos de retirada em busca de trabalho em outras regiões, que ocorrem até hoje. Neste<br />

sentido, os dois principais centros migratórios são Mato Grosso, para onde ainda há uma<br />

considerável movimentação de famílias Xacriabá em determinados períodos do ano em<br />

busca do cultivo da cana-de-açúcar, e São Paulo, para onde muitas famílias migraram<br />

definitivamente em busca de emprego se integrando totalmente à civilização externa.<br />

2.1.3. RELIGIOSIDADE<br />

A religiosidade Xacriabá é um dos aspectos culturais mais relevantes e ao mesmo<br />

tempo mais invisíveis (Schettino 1999.125), influenciando o seu comportamento e reações<br />

às mais variadas situações a que são expostos. Com o processo de catequese imposto pelos<br />

padres capuchinhos 27 da Missão de São João, os Xacriabá adotaram o catolicismo como<br />

religião. Entretanto, é evidente um alto grau de sincretismo, mesclando elementos católicos<br />

com práticas e valores da sua antiga religiosidade, principalmente por parte dos membros<br />

efetivos, não incorporados por casamento. Sendo sua religiosidade de caráter sigiloso,<br />

registramos aqui apenas os aspectos mais evidentes, carecendo um estudo mais profundo.<br />

Vale citar as palavras de Paraíso (1987.47) sobre este sincretismo, ressaltando que<br />

o mesmo não acontece com os poucos convertidos ao protestantismo:<br />

Devido ao processo de aculturação a que foram submetidos, os Xacriabá adotaram<br />

a crença católica, como dominante, além de algumas conversões recentes ao<br />

protestantismo. Porém, há perfeita conciliação entre a primeira crença religiosa e o<br />

culto e fé a Yayá. O mesmo não ocorre com o protestantismo, o que inclusive<br />

motivou a perda de chefia por parte do antigo capitão, Laurindo Gomes de Oliveira.<br />

Ao se tornar “crente”, renegou a fé em Yayá e, por coincidir este fato com o<br />

incremento da presença de posseiros na área, o capitão foi afastado do seu cargo,<br />

tendo sido substituído por um devoto de Yayá.<br />

2.1.3.1. DANÇAS CERIMONIAIS<br />

27 Schettino (1999.14) inclui também os jesuítas, mas Paraíso (1987.51) não crê nesta possibilidade,<br />

sugerindo que foram apenas os capuchinhos. Tudo indica que ela tem razão.<br />

49

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!