28.05.2013 Views

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong> 179<br />

Parte). Ambos apresentam um quadro tanto religioso como sociocultural semelhante, se<br />

denominando católicos, porém com pequenos sinais de animismo, e lutando por terras, o<br />

que abre portas para todos que quiserem de alguma forma somar forças. Já os Pankararu<br />

(cf. 6.2. 2ª Parte) e os Xukuru-Kariri (cf. 7.2. 2ª Parte), provavelmente devem apresentar<br />

certa resistência inicial, mas prezando pela amizade e confiança mútua as restrições podem<br />

ser superadas. Ambos possuem forte influência católica, apesar de preservarem práticas e<br />

cosmovisão animista.<br />

Esta realidade sincretista animista-católico romana destes grupos precisa receber<br />

muita atenção. Hesselgrave (1995.301-305) aponta a necessidade de estratégias específicas<br />

para grupos assim, o que é muito significativo, pois no contexto brasileiro temos pensado<br />

em grupos católicos e animistas separadamente, enquanto a religiosidade da <strong>Minas</strong><br />

<strong>Indígena</strong> apresenta uma conjugação destes dois princípios, sendo ambos aceitos como<br />

verdadeiros em menor ou maior escala. Logo, ao planejar abordagens missionárias para<br />

estes grupos é preciso considerar os dois princípios religiosos ativos ao mesmo tempo.<br />

A abordagem kerygmática tem obtido bons resultados com efeitos muito positivos<br />

em todos os grupos abordados. Mas queremos chamar atenção novamente para a<br />

conjugação de abordagens, como um ideal estratégico. Se as três principais frentes de<br />

atuação – ensino bíblico, evangelismo pessoal e confronto de poderes – fossem<br />

conjugadas, com certeza os efeitos positivos seriam maximizados e os negativos<br />

minimizados. Melhor ainda seria uma conjugação com outra abordagem, como a socio-<br />

assistencial, por exemplo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!