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SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

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<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong> 118<br />

convencional o que não é ideal para as crianças que vivem num ambiente totalmente<br />

diferente e num período de resgate cultural. Ainda tem o problema de transporte.<br />

Um outro problema seria o de saúde, pois mesmo a cidade de Coronel Murta não<br />

oferece um bom atendimento – nem convencional, quanto menos diferenciado. Assim eles<br />

precisam se deslocar para Araçuaí, a 37 km. Apesar de terem a Cleonice, ela é apenas<br />

agente de saúde, trabalhando mais na área preventiva. Por enquanto, este problema não é<br />

difícil de ser contornado, mas à medida que a população crescer certamente se tornará uma<br />

grande dificuldade. Logo precisarão de mais terras também, pois a que hoje possuem não é<br />

suficiente para um grupo muito maior.<br />

6.1.9. PRESENÇA EVANGÉLICA E/OU MISSIONÁRIA<br />

Não há qualquer presença missionária, bem como nenhum convertido ao<br />

evangelho. Apesar da quantidade de igrejas nas duas cidades próximas – Coronel Murta e<br />

Araçuaí – ser consideravelmente grande, nenhuma tem se sensibilizado pelo desafio de<br />

evangelizar aquele grupo. O único trabalho evangélico ali atuante é o do GTME, que<br />

através da Igreja Metodista participou ativamente no processo de articulação por terras,<br />

vindo posteriormente até a doar os 8 ha. para complementar a doação da Igreja Católica.<br />

Coordenado pela pastora Zélia Soares da Igreja Metodista de Governador Valadares, o<br />

trabalho do GTME ali se limita ao assistencialismo, através da atuação da indigenista<br />

Geralda Soares 96 .<br />

6.2. POSSIBILIDADES DE ABORDAGENS MISSIONÁRIAS<br />

As possibilidades de um trabalho missionário entre os Pankararu são grandes e<br />

necessárias, mesmo se tratando de um grupo tão reduzido. Suas características culturais e<br />

sua religiosidade tão vivas, são indicadores da necessidade de um trabalho específico com<br />

eles. Entretanto, é preciso estar ciente que o fato de ser um grupo pequeno não eqüivale<br />

dizer que um trabalho com eles é mais fácil do que com outros grupos maiores. Aliás, a<br />

resistência pode ser ainda maior, dado à necessidade de reafirmar suas tradições.<br />

A líder Benvina certamente seria oposta a qualquer tentativa de aproximação com<br />

objetivo de evangelização, dado às suas fortes convicções e autoritarismo, e ela pode<br />

perfeitamente influenciar o restante do grupo. Logo, uma opção seria a aproximação do<br />

96 Geralda Soares tem atuado ali como obreira do GTME.

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