28.05.2013 Views

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong><br />

A assistência na área de saúde é feita pela FUNASA que mantêm duas equipes de<br />

atuando na reserva, cada uma com um médico, um dentista, um enfermeiro e alguns<br />

auxiliares, que contam com a ajuda de agentes de saúde indígenas. Estas equipes atendem<br />

apenas nos dois postos de saúde das aldeias Brejo do Mato Fome e Sumaré.<br />

Considerando que se trata de uma população em torno de sete mil indivíduos,<br />

distribuídos em vinte e três aldeias, que distam umas das outras até 39 km, é fácil concluir<br />

que o atendimento ainda é deficiente. Há uma grande necessidade de trabalho preventivo e<br />

de conscientização da população em questões básicas de saúde. Com exceção de algumas<br />

poucas aldeias, não há qualquer saneamento básico nestes vilarejos onde se concentram<br />

uma média de trezentas pessoas. Somente neste ano de 2002 a FUNAI iniciou a construção<br />

de banheiros para cada residência, pois até então nem isto existia. Desta forma, é muito<br />

fácil contrair e transmitir doenças, principalmente na população infantil.<br />

2.1.5.2. TRANSPORTE<br />

O meio de transporte mais comumente usado pela população são cavalos, mas em<br />

casos de doença pode se tornar inviável. A FUNAI e FUNASA não dispõem de veículos<br />

suficientes para atender todas as aldeias e por isto, muitas pessoas deixam de ser assistidas<br />

pelas equipes de saúde. A estrada que leva à aldeia Brejo do Mata Fome, que é a porta de<br />

entrada para as demais é bem conservada, mas o mesmo não acontece com a maioria.<br />

Existem aldeias de difícil acesso e por isto, acabam ficando sem assistência. Um melhor<br />

cuidado das estradas e ao menos duas linhas de ônibus ligando São João das Missões às<br />

duas aldeias mais distantes já ajudaria em muito.<br />

2.1.5.3. ANALFABETISMO<br />

Há vinte e duas escolas instaladas e em pleno funcionamento, com mais de cem<br />

professores formados pelo UHITUP – Projeto de Formação de Professores <strong>Indígena</strong>s, no<br />

Parque Estadual do Rio Doce. Toda uma geração está crescendo alfabetizada e recebendo<br />

formação escolar. Entretanto, este projeto não contemplou os adultos analfabetos, que no<br />

caso dos Xacriabá deve superar 90% da população adulta. Como mantêm um constante<br />

contato com a civilização externa, o analfabetismo se torna um fator depreciativo.<br />

2.1.5.4. A SECA<br />

Com um clima tropical de savana, a longa estação seca que geralmente se estende<br />

de abril a setembro, é um fator complicador na produção não apenas indígena mas de toda<br />

56

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!