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SEGUNDA PARTE Minas Indígena - Instituto ANTROPOS

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<strong>Minas</strong> <strong>Indígena</strong> 172<br />

pela referida igreja para trabalhar com os Maxakali de Água Boa, em agosto de 1999.<br />

Fixando residência em Santa Helena de <strong>Minas</strong>, a 12 km da aldeia, e posteriormente em<br />

Machacalis, a 24 km desta última, lá permaneceu até julho de 2001. Visitando a aldeia<br />

diariamente e depois semanalmente, seu trabalho consistiu em visitas às várias famílias<br />

testificando do evangelho em português, pois não aprendeu a língua, se limitando assim ao<br />

evangelismo dos poucos bilingües. Deixou o campo sem presenciar conversões 144 .<br />

Bem recentemente, o mesmo tipo de abordagem passou a ser adotada por um novo<br />

casal de missionários entre os Maxakali. Se trata de Agustinho (Aguigu) e Nelice<br />

Cipriano, enviados numa parceria de igrejas Presbiterianas e Assembléias de Deus,<br />

mediada pela Missão Horizontes em maio de 2002, com objetivo de plantar igrejas (cf.<br />

3.1.6.6. 2ª Parte). Residindo também em Santa Helena de <strong>Minas</strong>, começaram logo a<br />

evangelizar os indígenas que quase diariamente vão àquela cidade, pois não têm<br />

autorização para atuar na aldeia. O missionário Agustinho é índio Makuxi e isto causou um<br />

forte impacto no povo, pois perceberam que alguém pode perfeitamente ser cristão e<br />

continuar sendo índio. Em julho deste ano, o índio Zezinho Maxakali se entregou a Cristo<br />

com sua família 145 . Obviamente estes missionários apenas colheram o que há anos vinha<br />

sendo semeado, mas aponta um interessante fator que consideraremos mais à frente.<br />

Esta abordagem se faz presente também entre os Pataxó, através da atuação das<br />

Igrejas Assembléia de Deus e Pentecostal Missionária da cidade de Carmésia (cf. 5.1.9. 2ª<br />

Parte). Os obreiros locais de ambas as igrejas semanalmente visitam a aldeia dando<br />

assistência aos que já se decidiram por Jesus e realizando cultos evangelísticos nos lares. O<br />

evangelismo é feito de forma bem pessoal e informal, prezando pela amizade e confiança.<br />

Têm obtido bons resultados, pois cerca de trinta pessoas já se decidiram por Jesus 146 .<br />

A mesma abordagem ainda se faz presente entre os Krenak, também pela atuação<br />

da Assembléia de Deus, só que desta vez da cidade de Independência (cf. 4.1.7. 2ª Parte).<br />

Dado a forte resistência do grupo, irmãos voluntários desta igreja iniciaram um trabalho de<br />

evangelismo na aldeia mais isolada, de forma sorrateira e muito pessoal. Lentamente,<br />

alguns foram se interessando pelo evangelho e hoje já reúne cerca de vinte pessoas.<br />

3.1.3. CONFRONTO DE PODERES<br />

144 Entrevista do dia 20/01/02.<br />

145 Conforme correspondência pessoal da missionária Marlene Martins, de 08/07/02.<br />

146 Conforme entrevista com o Pr. Alvenir Costa, no dia 09/05/02.

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