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Andréa Máris Campos Guerra - CliniCAPS

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A estabilização psicótica na perspectiva borromeana: criação e suplência<br />

características que, se não compreendidas, geram conclusões equivocadas e<br />

deformações conceituais. Podemos dizer, de saída, que os problemas cruciais dos nós<br />

são três:<br />

(a) saber quando dois nós são equivalentes e quando não o são;<br />

(b) determinar se um nó está realmente enodado;<br />

(c) realizar uma classificação de todos os nós possíveis.<br />

A discussão teórica que se segue nasce na tentativa de responder a essas três questões<br />

centrais.<br />

A. Equivalência entre os nós<br />

Pela matemática, “dois nós são equivalentes quando o modelo correspondente a um<br />

deles pode deformar-se – estirando-o, contraindo-o ou retorcendo-o – até alcançar a<br />

forma do outro, sem romper o tubo nem fazê-lo passar através de si mesmo”<br />

(NEUWIRTH, 1979, p. 52 apud MAZZUCA et al, 2000, p. 33). O tubo a que se refere a<br />

citação pode ser compreendido como o toro pelo qual passa a curva unidimensional que<br />

é o nó. Ele pode ser representado visualmente ou pensado, para fins de compreensão,<br />

como um fio ou uma corda. Portanto, se você não corta as cordas ou fios (ou rompe o<br />

tubo) ao deformar um nó e ele chega ao formato do outro, daí são equivalentes. Por<br />

conseguinte, somente se se mexer nos fios dos nós, sem alterar seu enlaçamento, é que<br />

eles serão equivalentes.<br />

Assim, ainda que dois nós se apresentem visualmente de uma maneira diferente, eles<br />

podem apresentar as mesmas propriedades e serem equivalentes. Nesse caso, dizemos<br />

que são apresentações distintas do mesmo nó, já que uma apresentação pode deformar-<br />

se na outra, sem romper a corda. Veja o exemplo abaixo:<br />

=<br />

Figura 14 – Apresentações distintas do mesmo nó trivial ()<br />

E, ao contrário, dois nós podem se apresentar desenhados da mesma forma e não serem<br />

equivalentes. Observe:<br />

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