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Andréa Máris Campos Guerra - CliniCAPS

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A estabilização psicótica na perspectiva borromeana: criação e suplência<br />

Figura 24 – Esquema R (LACAN, 1957-58/1998, p. 559)<br />

Cabe observar que, mesmo não se tratando da topologia dos nós, o Esquema R já indica<br />

a topologia do plano projetivo (ou cross-cap). Em nota de rodapé acrescentada em<br />

1966, Lacan indica que, na representação aplainada do sujeito no esquema, uma Banda<br />

de Moebius é isolada pelos termos miMI (faixa azul clara no desenho). Tal qual o real, a<br />

Banda de Moebius se reduz ao corte, não havendo nada de mensurável a ser retido em<br />

sua estrutura. Essa dobra, representada por uma faixa no interior do esquema, fala da<br />

introdução do objeto a. Enquanto o campo da realidade barra o objeto a, a tela da<br />

fantasia, ao obturar esse campo, se torna condição de possibilidade de sua existência.<br />

Mas o que é um plano projetivo? “O plano projetivo é constituído pelo conjunto das<br />

retas do espaço passando pela origem 0, estando o conjunto dos pontos de cada reta,<br />

exceto 0, submetido a uma relação de equivalência” (DARMON, 1994, p. 111). Ele é o<br />

ponto de fuga da perspectiva clássica.<br />

Figura 25 – Plano da perspectiva clássica<br />

Todo ponto situado sobre uma dessas retas é projetado sobre um mesmo ponto na<br />

intersecção da reta e do quadro, se imaginamos um quadro antes do ponto 0. O plano<br />

projetivo é exatamente a generalização de todas as retas paralelas ao quadro que não<br />

podem interceptá-lo.<br />

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