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Andréa Máris Campos Guerra - CliniCAPS

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A estabilização psicótica na perspectiva borromeana: criação e suplência<br />

discussões lacanianas acerca do lapso ou erro do nó e, conseqüentemente, de sua<br />

reparação ou suplência. Como se pode deduzir, o ponto no qual o erro incide aponta<br />

para o modo de reparação que lhe corresponderá. O modo de reparação não é, pois,<br />

aleatório.<br />

E. Grupo nodal<br />

A noção de grupo nodal tem origem na tentativa de reduzir as questões topológicas a<br />

questões de álgebra abstrata, associando aos espaços topológicos invariantes algébricos.<br />

Neuwirth (1979, p. 54 apud MAZZUCA et al., 2000, p. 47) a define da seguinte forma:<br />

“Falando em termos gerais, o grupo nodal descreve as distintas formas nas quais é<br />

possível cruzar o espaço tridimensional sem tropeçar-se com um nó imerso nele”.<br />

Trata-se de uma forma de pensar o nó a partir de seu complemento, ou seja, a partir de<br />

todo o espaço que resta além do nó, o espaço no qual ele está imerso. Sua fórmula é:<br />

C = R3 – k. C é o complemento do nó, o grupo nodal.<br />

R3 é o espaço restante menos o nó (k).<br />

k é o nó.<br />

Assim, o grupo nodal consiste em associar ao espaço em que está imerso o nó, a seu<br />

complemento, um grupo algébrico. Ele é composto de todos os trajetos possíveis que<br />

podem ser feitos em tono do nó no espaço associado a ele. As fórmulas algébricas<br />

decorrem desses trajetos. Daí podermos afirmar que dois nós serão equivalentes se seus<br />

grupos nodais também o forem.<br />

O grupo nodal se constitui em noção importante para a psicanálise na medida em que se<br />

associa à idéia de furo do nó, central na teorização da clínica lacaniana. Podemos tomar<br />

o k como objeto resto, objeto a, que cai do real inscrevendo o sujeito desejante. O<br />

sujeito, como C, implicará, então, numa perda num espaço real.<br />

F. Nós e cadeias borromeanos<br />

Define-se uma cadeia como sendo a que possui mais de um nó, mais de um<br />

componente. Trata-se sempre de dois ou mais nós enlaçados ou encadeados. Na<br />

verdade, a cadeia diz respeito a mais de um elemento, não necessariamente encadeados.<br />

As mesmas propriedades vistas até agora e aplicadas aos nós também o serão em<br />

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