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Andréa Máris Campos Guerra - CliniCAPS

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A estabilização psicótica na perspectiva borromeana: criação e suplência<br />

Para a clínica psicanalítica, indicam movimentos de redução no discurso, necessários ao<br />

enxugamento do Imaginário pelo Simbólico. Afastam o uso dos semblantes, recaindo<br />

sobre o real da castração em jogo na amarração a que o sujeito acedeu.<br />

C. Número de cruzamentos<br />

Existem várias e sofisticadas invariantes na teoria dos nós. Como dissemos, elas se<br />

sofisticaram, sobretudo, após a invenção em 1984, do “polinômio de Jones”. Aqui nos<br />

deteremos em apresentar três, necessárias à compreensão básica da teoria dos nós no<br />

que toca a sua apreensão pela psicanálise. A primeira delas diz respeito ao número de<br />

pontos de cruz que um nó apresenta. Uma das maneiras de se caracterizar os nós é<br />

examinar o número de pontos de cruz ou cruzamento que eles possuem. O ponto de<br />

cruzamento “é o ponto da cadeia – ou do nó – no qual se produz o encontro de duas<br />

cordas, em que uma passa por cima e a outra por baixo” (MAZZUCA et al, 2000,<br />

p.39).<br />

O número de cruzamentos, porém, é uma das invariantes mais simples da teoria dos nós.<br />

Assim duas (ou mais) representações distintas de um nó podem corresponder ao mesmo<br />

nó e, ainda assim, terem número de cruzamentos diferentes. O número de cruzamentos<br />

não é, portanto, o que diferencia os nós, não é uma invariante muito poderosa para<br />

distinguir nós. Para traçar uma equivalência entre os nós, a partir dos pontos de cruz, é<br />

preciso reduzi-los ao número mínimo.<br />

Tomemos como exemplo o nó mais simples, o nó trivial. Ele pode se apresentar com<br />

três pontos de cruz, com um ponto de cruz ou com zero ponto (ver Figura 16). O nó<br />

trivial é assim considerado por não possuir nenhum ponto de cruz, quando reduzida ao<br />

mínimo a possibilidade de sua existência. O número de pontos de cruz permite<br />

afirmarmos que não há nó com menos de três pontos de cruz, a exceção do nó trivial.<br />

Esse princípio também se aplica às cadeias, que estudaremos logo a seguir. Assim, por<br />

exemplo, a cadeia borromeana na forma tradicional de apresentação tem seis pontos de<br />

cruz e na forma estirada tem oito:<br />

que não pareça sê-lo, ele o é.<br />

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